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Walter Tierno – Como Tatuagem


Hi Angels!

No dia 22 de outubro aconteceu o lançamento deste livro na Livraria Martins Fontes na Avenida Paulista e eu falei que ia ler antes do lançamento, até porque o véio brigou comigo por ainda não ter lido Anardeus. Sim, ainda não o li, só Cira e o Velho que gostei bastante.

Ai estávamos indo para a livraria eu, Dani e Jeh e claro que eu parei para tirar uma fotinho na rua.

Nem estava sol... não mesmo

E depois de várias fotinhos conseguimos uma beeeeeem natural né Walter?

Walter, eu, Dani, Jeh, Lele e duas meninas que não lembro o nome, sorry :/

E lá fui eu começar a leitura. Bem, o que esperar do Walter? Eu sei que ele tem todo cuidado com sua obra. Escreve, revisa, vai pra leitura, revisa, outra leitura, revisa, acho que o livro passa por várias revisões até chegar o produto que temos na mão. Esse cuidado nem todos autores possuem. Eu brinco com o véio que em Cira o narrador é um homem, ele me desafiou a achar um pronome que sustente minha tese. Bem, não interessa rs pra mim é.

Conheci o Walter em 2010 em um evento da extinta Revista Fantástica, (que, diga-se de passagem, me faz uma puta falta, adorava aqueles eventos) onde por intermédio da Alba Milena falou tão bem desse livro que decidi comprar e não me arrependi.

Ai você vai ver suas fotinhos e encontra uma da Albalinda <3


Não leio muitos livros nacionais, sou preconceituosa? Sim, pois já li tanta coisa não muito boa que fico com medo, sabe. Mas alguns autores eu guardo no meu coração. E o Tierno é um deles.

Como Tatuagem traz a história de um traste, um canalha, um cara que poderia ser você, seu amigo ou mesmo aquele infeliz que já passou pela sua vida.

Artur. Um rapaz rico, mimado, que tem tudo o que quer e consegue acabar com os sonhos das meninas que passam por sua vida.

Em contra ponto, conhecemos a história de Lúcia uma menina marcada por marcas tão comuns, mas que causam estranheza nas pessoas. O vitiligo é um problema de pigmentação de pele, me recuso a dizer que é uma doença, pois não é contagioso e não faz nada a não ser deixar a pele da pessoa descolorida. Mas Lúcia sofre muitos preconceitos desde a infância.

E um desses preconceitos a marcou a ferro, não a ferro não, a marcou como tatuagem rs é não podia perder essa piada kkk Ela deveria ter uns 13 anos por ai quando o mais gato do colégio zuou com ela. Imagina como me senti, pois é. Sofro bulling desde os 8 anos tomei como pessoal mesmo.

O Walter conseguiu me fazer amar, odiar e amar novamente ler romances. Eu gosto de aventura, policial, sangue, muito sangue. E olha! Isso encontramos aqui!!! Sim, tem morte, tem tragédia, tem amorzinho, tem redescoberta, descoberta, amor próprio e também reorganização de pensamentos.

Quando você pega um personagem fdp como você reage? Você o odeia? Você o detesta? Sim, essa é o primeiro pensamento que vem a sua cabeça, mas aí você começa a perceber que foram anos de programação para deixá-lo assim e permanecer assim ou não é só um problema dele, pois agora é adulto. Como lidar?

Tenho o maior respeito pelo Artur. Ele me ganhou. Sim, um bad boy é muito interessante rs Faz o que lhe dá na telha, não está nem ai para as consequências. Acha que o mundo é só seu e deve lhe servir. Mas o destino é um cara chato pra caramba. Ele decide que sua vida tá muito do jeito que você quer e decide que vai mudá-la e boom acontece algo imprevisto.

E é nessa situação que Artur e Lúcia se encontram. Mas se você espera uma menina fragilizada com o problema de pele está muito enganado querido leitor. Óbvio que ela fica chateada, mas isso é apenas um problema genético. O grande problema dela é a perda da única pessoa que ela ama, sua mãe. Não tem como não se apaixonar pela Lúcia. Ela é uma mulher forte, mas ao mesmo tempo frágil, assim como todas as mulheres que tem algum medo. E me diverti muito com as criações de verbos dela. 

Olha só isso:

Eu pesadelo, tu pesadelas, ela pesadela, nós pesadelamos. – pág. 23
Eu desgrilo, tu desgrilas, ela desgrila, nós desgrilamos. – pág. 31
Eu rouquenho, tu rouquenhas, ele rouquenha, nós rouquenhamos? – pág. 32
Eu brego, tu bregas, ela brega, nós bregamos. – pág. 35
Eu mamusko, tu mamuskas, ela mamuska, nós mamuskamos... – pág. 72
Eu camaleono, tu camaleonas, ela camaleona, nós camaleonamos. – pág. 120

E tem muito mais. Eu realmente me diverti lendo as peripécias dos dois e pude ouvir as vozes distintas dos dois personagens ao ler os capítulos. Ora narrando o Artur ora a Lúcia. Em muitos palavrões ouvi o Walter mesmo rs

Não vou dizer que o livro é surpreendente porque sei da capacidade do véio ao escrever um livro, ele consegue te levar para dentro do livro e faz de você um personagem também.

Walter Tierno é um dos dez autores nacionais que estão no meu hall de preferidos. Por isso, leia. É super recomendado.

Vou colocar aqui as fotinhos que a Alba tirou, só pra vocês verem o nível de amor que é nos eventos do Walter hehe

  




Olha que mega fodástico o véio autografando meu livrinho, eu sempre acabo zoando ele. Mas eu amo esse véio careca hehe

  

Bom pessoas lindas, é isso. Espero que tenham se divertido com essa resenha assim como eu de ter lido o livro e ao fazer esse relato aqui para vocês!

Beijos e até a próxima


SERVIÇO:

Título:  Como tatuagem
Autor:  Walter Tierno
ISBN: 978-85-7686-534-6
Assunto: Romance brasileiro
Páginas: 308
Editora: Verus
Nota: 5/5
Estante: Skoob


Sinopse: Artur é um cara rico, superficial e egoísta. Bonito e popular entre as mulheres, não tem o menor respeito por elas — sua vida amorosa se resume a colecionar parceiras na cama. Essa rotina de prazeres e privilégios é interrompida quando ele sofre um grave acidente de carro. Para ajudá-lo a se recuperar, sua mãe contrata a fisioterapeuta Lúcia. Desde criança, Lúcia sofre o preconceito que persegue os portadores de vitiligo. Sua mãe sempre esteve presente para apoiá-la e fazê-la enfrentar os obstáculos que a vida lhe impõe. De temperamento doce, porém decidido, Lúcia tem uma consciência peculiar e aguda sobre o mundo. Mas, quando se vê sem o amparo materno, suas certezas desabam. O encontro de duas pessoas tão diferentes vai gerar muito atrito, mas com o tempo Lúcia e Artur vão descobrir algumas das infinitas facetas do amor e, entre conquistas, medos, perdas e paixões, verão suas vidas transformadas para sempre.

Papo sem Rodeios


Hi Angels!

Ontem, dia 16, aconteceu o Papo sem Rodeios que o véio, ops digo, Walter Tierno organizou. Mas antes de qualquer coisa preciso falar do espaço. Foi realizado no Espaço Cultural Cartase, bem pertinho do Metro Tatuapé. Se olhar de fora verá apenas uma casa. Mas dentro existe um mundo a ser explorado. Posso estar sendo parcial, já aviso que não tenho nada com a instituição ou com os organizadores da casa. Apenas fui no local e me senti em casa. É fato que o local é pequeno, mas aconchegante com muitas fotos, bichos de pelúcia, relógios antigos, artefatos produzidos por alunos, enfim. O espaço é para aulas de teatro, ou mesmo se você precisa de um local para ministrar cursos ou palestras. É só conversar direito com os proprietários.

Já chegamos e fomos recepcionados pela Veri, esposa do véio. Sério ela tem que ganhar um prêmio para aturar as ranzinzices dele. O papo foi muito produtivo, confesso que não anotei nada. Pois queria prestar atenção ao que a Ana Cistina Rodrigues, a Camila Fernandes, Simone Marques, Soira Celestino, Alfer Medeiros e o próprio Walter falavam sobre como eles publicaram e a Ana dando toques de como é feito legalmente. Para quem não sabe a Ana Cristina trabalha na Biblioteca Nacional e contou aos futuros escritores como devem fazer para conseguir o ISBN, como fazer o registro ou mesmo para conseguir bolsa como a do ProAC que a Camila conseguiu.

O evento não foi para se autopromover e sim para debater com autores que já estiveram na frente de grandes editoras e saber o que eles passaram. Foi produtivo e as 3 horas foram poucas para falar sobre tudo. Espero pela segunda edição deste Papo e fiquem com algumas fotos dos presentes.




Mitos Modernos novo lançamento da Editora Llyr

Hi Angels!

Acabo de receber uma nota da Llyr falando de uma nova publicação. É uma antologia sobre mitos sob a batuta de Rober Pinheiro. Sim, meu querido Rober é o organizador dessa coletânea que conta com os nomes ilustres de autores como Walter Tierno, de Cira e o Velho, Felipe Castilho, de Ouro, Fogo & Megabites, Ana Cristina Rodrigues, de  AnaCrônicas - pequenos contos mágicos, Gerson Lodi Ribeiro, de  A Guardiã da Memória, Antonio Luiz M. C. Costa, de  Crônicas de Atlântida - O tabuleiro dos deuses e Simone Sauaressig, de A noite da grande magia branca.

O livro contará com HQ, ilustrações, contos, textos explicativos sobre 7 mitos e lendas nacionais totalmente reformulados. Para saberem mais sobre a coletânea curtam a página do Facebook criada para o livro Mitos Modernos e assim que tivermos mais informações postarei aqui!

Vou deixar uma ilustração feita pelo Alex Genaro que faz as ilustrações de HQ.


Espero que tenham gostado, porque eu curti a ideia e estou esperando ansiosamente pelo lançamento!



Cira e o Velho

Uma história de Walter Tierno. O que posso falar sobre esse livro? A narrativa é totalmente diferente do que estamos acostumados. Quem conta a história é simplesmente .... não, não contarei, pois isso é segredo rsrsr

Mas posso falar que parece um conto jornalístico. Um rapaz ganha um álbum de figurinhas e se encanta com Cira. Mas como ter a figurinha dela? Temos três opções: súplica aos pais, tentar trocar ou ganhar no bafo, sim no bafo um jogo, no qual crianças batem as figurinhas com a mão e quem virar ganha.

Assim nosso protagonista correu o mundo atrás de histórias que falavam de Cira, seu objeto de obsessão. Eu disse obsessão? Sim, era assim que nosso protagonista se apresenta.

Ele foi para o sul da caatinga em busca de histórias, ou melhor, das lendas que cercavam sua obsessão. A primeira pessoa “entrevistada” foi uma senhora muito velha chamada Nhá. Nhá era uma das amantes de Norato. Você deve estar se perguntando “quem é Norato?” Norato é o pai de Cira.

Cira é filha de cobra Norato e a bruxa Guaracy. Vamos contar um pouco da história deles. Norato nasceu do ventre de uma índia que tinha engravidado quando tinha se banhado no rio. Ele e sua irmã Maria Caninana eram gêmeos e saíram de dentro do ventre em dois ovos. Assim que nasceram à mãe deu de mamar as duas cobrinhas, mas assim que o marido da índia viu as duas cobras, ele achara que estavam atacando ela. Quando chegou perto viu que eles estavam mamando resolveu dar fim nisso. Jogou as duas cobras na água, achando que mataria e matou sua mulher. As cobrinhas viram sua mãe ser morta e seguiram correnteza abaixo.

As cobras cresceram. E apareceu para Norato um mago que o ensinava, mas sua irmã Maria Caninana morria de ciúmes deles... e com isso matou o mago. Seguiu sua vida sem seu irmão. Mas Caninana queria vingança, contra seu ‘pai’ e foi buscar um ser chamado “Senhor das Mentiras”. O acordo foi selado.

Norato começou a sentir desejo por mulheres, mas sendo cobra não poderia fazer nada... mas algo mudou, Norato desejou ser homem para possuir a mulher que estava a sua frente. E assim surgiu, um homem lindo que a mulher se sentiu atraída por ele. Fez amor e plantou sua semente. Após o ato consumado voltou a virar cobra. E isso aconteceu 14 vezes e a última e mais especial foi à bruxa Guaracy e dela nasceu Cira, de quem tanto falei acima.

Mas dona Nhá contou ao seu visitante que os filhos de Norato estavam sendo mortos e que Cira era a última. E foi contando como os assassinatos ocorreram, e quem havia matado todos. Domingos Jorge Velho, mais conhecido como o Velho matou todos os herdeiros de Norato, com a falsa ladainha que Norato havia matado Maria Caninana, seu marido e seus filhos e o espírito dela queria vingança, mas a trama era maior, bem maior que isso.

O nosso ‘pesquisador da vida de Cira’ estava buscando todas as informações que podia para entender sobre sua “musa” rsrsr, mas o que realmente estava querendo esse visitante? Para você saber quem ele era,  o que ele queria e principalmente o que ele fez você tem que ler Cira e o Velho.

Nota da Milena: Conversando com o Walter pelo Twitter eu falei que estava lendo o livro. Veio à resposta: Espero que esteja curtindo. Eu disse que sim, bastante, aí veio o inesperado: O espírito é esse. Se gostar, recomende. Se não gostar... minta! Hahahaha Aí retruquei onde fica minha credibilidade? Rsrsrsr Gente vou falar uma coisa a todos. O LIVRO É EXCELENTE o final é surpreendente. A história acontece no Brasil, com seres de nosso folclore, com acontecimentos reais, pessoas reais e a narrativa que não te deixa largar o livro. Para todos os lugares que fui levei e só sai no domingo depois que terminei o livro. Muito obrigada pela história Walter, realmente eu amei e recomendo a todos esse livro! Para conhecer mais sobre o Walter acesse o blog e para saber sobre o livro tem o site.