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Felipe Castilho – Ouro, Fogo e Megabytes





Hi Angels!

Primeiramente preciso falar uma coisa muito importante. Eu prezo muito pela minha credibilidade. Se eu curti a leitura de um livro eu realmente falo. Se não curti eu explico o que não funcionou pra mim. “Mas Milena, por que você está falando isso?”, bem caros leitores, eu digo isto para que não me venham autores, fãs e até mesmo editoras falarem merda para a minha pessoa.

Há muito tempo atrás eu recebi para resenha um livro que foi totalmente uma perda de tempo e fui conversar com o autor, explicar o motivo que não estava fluindo a leitura para mim. Bom... o infeliz (sim, o chamo assim, pois ele se autodenominou o Saramago da cidade dele), me disse que eu era burra e não entendia nada. Pois bem, a partir daí eu parei de ler e resenhar livros nacionais. Só voltei a fazê-lo quando li o Cira e o Velho e comecei a dar mais atenção a alguns autores nacionais. Alguns viraram amigos, como o Felipe Castilho, o Walter Tierno, a Georgette Silen e muitos outros. Portanto, o que vou colocar aqui não tem nada haver com eu amar esse moço, não mesmo. Tem haver com o simples fato de ter sido arrebatada pela escrita e pelo enredo.

Sim queridos leitores do Memories, eu fui arrebatada por essa história. O Legado Folclórico é um livro que me fez repensar muitas coisas e também pude perceber que mesmo não sendo cria de interior eu AMO muito a natureza. Adoro sentar encostada no tronco de uma árvore para ler, ficar morgando, jogar UNO ou mesmo cochilar. Gosto de cachoeiras, rios e mares. Gosto muito de animais, ok... nem de todos. Podemos tirar dessa lista a barata, o rato, a aranha e alguns outros nojentos. Gosto de sentir o vento no rosto, o cheiro de grama recém cortada, as gotas de chuvas molhando meu corpo, gosto de caminhar sozinha na praia, me faz muito bem. É um bom momento para pensar rs.

E imagina tudo isso que eu descrevi ai em cima sendo destruído por uma pessoa gananciosa, que quer poder e que usa todos os recursos disponíveis para acabar com nossa fauna, flora e por que não dizer cidade de pedra?

A história se passa em Rastelinho, uma cidade mineira. Ok, ela não se passa toda lá, se inicia lá. Anderson é o nosso protagonista. Não consigo ler e não pensar em Matrix. “Mr. Anderson” kkk Não sei se foi intencional, mas pra mim foi mais ou menos assim que me senti na pele de Anderson Coelho. Dentro de um mundo que eu só escutei em velhas histórias.

Anderson Coelho é um garoto de 12 anos que gosta de jogar RPG online, não é bom no esporte, não é bom em quase nada para falar a verdade, só no BoA (Battle of Asgorath) um jogo em que ele é o SEGUNDO melhor e o garoto está lá jogando com seus amigos e do nada um avatar aparece e começa a conversar com ele. Imagina você ser convocado a ajudar a hackear uma empresa para ‘roubar’ algo que não sabe o que é, mas é importante para a natureza. Complicado né. Eu ia achar que o cara era louco. E foi isso mesmo que ele achou. Desconectou do jogo, mas o senhor não desistiu. Ligou em sua casa. Homenzinho insistente não acham? O que o Anderson fez? Desligou na cara do sujeito. Isso impediu o homem de ir a casa dele? Claro que não!

E é a partir daí que nossa aventura começa.

Anderson é levado de Minas Gerais para São Paulo por um anão e outras pessoas com a desculpa de um torneio de matemática. Ele não tem como não aceitar. Seus pais pareciam enfeitiçados. O que o garoto fez? Foi.

Pausa dramática.

Caramba, como um pai e uma mãe deixa seu filho ir para uma cidade grande sem desconfiar de nada? Nem ao menos ligar para o colégio?

Explicação: você vai entender ao ler! Não posso contar, é spoiler hahah

Ao ler eu entrei nesse mundo, obrigada Felipe!, eu fazia parte da Organização. Eu estava lá, morrendo junto com Anderson enquanto ele desconfiava de tudo e de todos.
O que foi acordado com o Anderson para ele fazer? Ele deveria hackear a empresa Rio Dourado, embaralhando a internet para que o “Patrão”, o “Zé”, e o “Chris” pudessem resgatar o que o dono da empresa o digníssimo senhor Wagner Rios tinha capturado. Poxa Milena porque tantas aspas nos nomes? Querido leitor, os nomes foram colocados assim para vocês não esquecerem deles. É necessário ficar de olho neles ok?

Gente, que leitura fascinante. O Felipe Castilho te leva para aquelas histórias de Monteiro Lobato, lembram delas? Para quem é de 1980, como eu, tinha uma coleção gigante dele com as lendas brasileiras. Nossa. Preciso ler novamente rs A escrita é muito fluída, a leitura é rápida e o melhor, conversa com o público dessa idade de forma que nenhum livro internacional faz. Eu AMO o tio Rick Riordan e posso dizer que o Felipe está no mesmo nível. Não sei se o motivo é que ele é molecão como eles por isso a escrita sai assim, mas Fê continue, pois tá muito bom!

E não pensem que tem coisas escritas esdruxulamente, algumas partes são conversas por chat, sendo assim são internetês, mas com o passar dos dias o garoto Anderson vai aprendendo a LER e ESCREVER tudo corretamente. Até escreveu um e-mail com três páginas rs. Que orgulho!

A história se passa em torno de cinco dias. Três em São Paulo e dois em Rastelinho. Uma coisa bem rápida. O folclore foi trazido à tona em 2012 e este livro já foi trabalhado em escolas o que eu acho perfeito! Coisas que estudei em 1989 (eu acho) por ai, voltou com tudo na memória. Boitatá, Mãe D’Ouro, Sereiras, Boto, Lobo-Guará, Curupira, Mão Pelada, Cuca, Saci, Caipora, Capelobo (não conhecia) e mais vários rs foi uma leitura muito agradável. Demorei para concluir porque estou na vibe de assistir seriados, mesmo assim, Ouro, Fogo e Megabytes é o segundo livro que li este ano que já favoritei. Agora preciso das continuações hehe

Série: O Legado Folclórico

1. Ouro, Fogo e Megabytes
2. Prata, Terra e Lua Cheia
3. Ferro, Água e Escuridão



SERVIÇO:
Título:  Ouro, Fogo e Megabytes
Autor:  Felipe Castilho
Tradutores: Bruno Galiza, Lia Raposo, Rodrigo Santos e Mariana Kohnert
ISBN: 978-85-65383-13-4
Assunto:  Ficção brasileira
Páginas: 288
Editora: Gutenberg
Nota: 5/5
Estante: Skoob


Sinopse: Como esconder uma suspensão escolar dos pais, resgatar uma criatura mágica das garras de uma poderosa e mal-intencionada corporação e ainda por cima salvar o país de um desastre sem precedentes?
Anderson Coelho, um garoto nada extraordinário de 12 anos, divide sua vida entre a pacata realidade escolar e uma gloriosa rotina virtual repleta de aventuras em Battle of Asgorath, jogo de RPG online em que jogadores do mundo todo vivem num universo medieval, cheio de fantasia. Lá, Anderson – ou Shadow, nome de seu avatar – tem vida de estrela: é o segundo colocado do ranking mundial. E são justamente suas habilidades que chamam a atenção de uma misteriosa organização, que o escolhe para comandar uma missão surpreendente junto com um grupo de ecoativistas nada convencionais.
Ao embarcar para São Paulo, Anderson mergulhará de cabeça em uma aventura muito mais fantástica que as vividas em seu computador. Os encontros com hackers ambientalistas, ativistas com estranhos modos de agir e muitas criaturas folclóricas oferecerão a Anderson Coelho respostas não só sobre sua missão, mas também sobre sua própria vida, enquanto um novo mundo se descortina diante de seus olhos.

Anderson Coelho, um garoto nada extraordinário de 12 anos, divide sua vida entre a pacata realidade escolar e uma gloriosa rotina virtual repleta de aventuras em Battle of Asgorath, jogo de RPG online em que jogadores do mundo todo vivem num universo medieval, cheio de fantasia. Lá, Anderson – ou Shadow, nome de seu avatar – tem vida de estrela: é o segundo colocado do ranking mundial. E são justamente suas habilidades que chamam a atenção de uma misteriosa organização, que o escolhe para comandar uma missão surpreendente junto com um grupo de ecoativistas nada convencionais.
Ao embarcar para São Paulo, Anderson mergulhará de cabeça em uma aventura muito mais fantástica que as vividas em seu computador. Os encontros com hackers ambientalistas, ativistas com estranhos modos de agir e muitas criaturas folclóricas oferecerão a Anderson Coelho respostas não só sobre sua missão, mas também sobre sua própria vida, enquanto um novo mundo se descortina diante de seus olhos.

Prata, Terra & Lua Cheia

Título Original: Prata, Terra & Lua Cheia
Autor: Felipe Castilho
ISBN: 978-85-8235-077-5
Gênero: Ficção Brasileira
Páginas: 270
Editora: Gutenberg
Nota: 5/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Cultura /Saraiva/Submarino









Sinopse: Centenas de anos atrás, um embate sangrento entre nativos e invasores brancos armados até os dentes marcou a disputa por uma região no nordeste brasileiro. Para pôr fim à luta impiedosa, o Grande Caipora e Iara, a senhora das águas, fizeram com que aquele pedaço de terra se descolasse do continente e passasse a vagar pelos rios do país, cirando a lendária e mágica ilha flutuante de Anistia.Séculos depois, Anderson Coelho, o herói pré-adolescente da série O Legado Folclórico, descobre não apenas a localização da ilha, mas consegue adentrá-la e participar da grande competição entre organizações secretas que acontece periodicamente. Passa, então, a conhecer os segredos de Anistia, a saber sobre os sonhos que separam os vivos dos mortos, e a perceber a influência que os poderosos exercem sobre o povo. Porém, é tempo de lua cheia e ele terá de lidar com problemas que surgirão com ela e que ele nem suspeitava existirem. Prata, Terra & Lua Cheia, a continuação de Ouro, Fogo & Megabytes, é o segundo volume da série que une com ineditismo e atmosfera geek com releituras nada convencionais dos mitos e das lendas do folclore nacional.

Durante as 270 páginas a obra traz de volta as aventuras de Anderson, nosso pré-adolescente do interior de Minas Gerais, fera no mundo dos games que volta a ser chamado pela misteriosa Organização, localizada, na cidade de São Paulo.

  Dessa vez, o portador do muiquitarã da tartaruga irá participar junto com seus amigos de uma competição na misteriosa ilha de Anistia, isso é claro sem deixar o “patrão” o saci que comanda a Organização saber, tudo claro arquitetado pelo Zé o caipora, a sereia Elis, e o meio lobo guará Crhis.

Assim, após dar uma boa desculpa a seus pais em Rastelinho (MG), Anderson vai a São Paulo e depois para Anistia, onde uma desagradável surpresa irá apimentar ainda mais a competição! Seu arqui-inimigo o milionário Wagner Rios vai tentar mais um golpe para obter um grande poder e controlar  a mística ilha.

O escritor continua a trazer personagens do folclore nacional, colocando – os no mesmo patamar de elfos, magos, bruxas e outros seres tão presentes na literatura fantástica. Destaque para volta da linguagem geek, e para aparição dos tradicionais lobisomens europeus.

 Fica então minha recomendação, seja como jornalista ou leitor, para os amantes de uma boa leitura viajarem pelas páginas de “Prata, Terra & Lua Cheia”.




Por fim, reforço o potencial da obra em encantar o público infanto – juvenil e, dos adultos quanto à interessante perspectiva da escolha de personagens e da valorização do folclore do Brasil. Mal posso esperar pela seqüência, e continuo com a opinião que a coleção O Legado Folclórico de Felipe Castilho tem que ser adotada nas escolas públicas, e ganhar uma adaptação para o mundo dos mangas (quadrinhos estilo japonês).



Homenagem: Prêmio Biblioteca Nacional de Literatura 2012


Boa noite folks!!

Autores, tradutores e projetistas gráficos que tiveram suas publicações no período de 1º de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2012 puderam se inscrever no Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2012. As inscrições já estão encerradas, agora as obras consideradas habilitadas serão julgadas por 3 nomes célebres na área ainda não divulgados.

O prêmio literário está divididos nas seguintes categorias:
- Prêmio Alphonsus de Guimaraens, de Poesia;
- Prêmio Machado de Assis, de Romance;
- Prêmio Clarice Lispector, de Conto;
- Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, de Ensaio;
- Prêmio Paulo Rónai, de Tradução;
- Prêmio Aloísio Magalhães, de Projeto Gráfico;
- Prêmio Sylvia Orthof, de Literatura Infantil;
- Prêmio Glória Pondé, de Literatura Juvenil.

Quer checar para ver se o seu autor ou livro preferido entrou na listagem? Deem uma olhada no documento pdf, nele estão todos os que se inscreveram mas somente os hábeis continuam.

A postagem de hoje também é um ENORME parabéns por todo o esforço e trabalho desses exímios magos que nos levam aos lugares mais incríveis, apresentam novos amigos e nos fazem voar! Mais particularmente um salve ao Douglas MCT, Felipe Castilho e Eric Novello pelas obras aceitas na competição!

...e se preparem... logo estes dois autores aparecerão por aqui... ;)!




Dica: Vordak, o Incompreensível

Hi Angels!

Hoje trago a dica do livro Vordak, o Incompreensível da Editora Gutenberg. Olha que bacana. Eu adorei a capa e quando assisti o booktrailer e escutei a voz do meu amigo Felipe Castilho, fiquei com mais vontade de ler.


Nada de super-herói ou de garoto tímido e nerd desabafando em seu diário. O protagonista aqui é Vordak, um supervilão metido à besta, que garante boas risadas com seu manual para as crianças aprenderem a ser más e a dominar o mundo. Sucesso editorial em vários países, o vilão promete conquistar a garotada com seus maléficos e hilários planos. Repleto de ilustrações e textos engraçados, a obra traz todo o conhecimento do falastrão Vordak, o Incompreensível, em instruções, conselhos, anedotas e tabelas. Nessa paródia aos super-heróis, os leitores vão se divertir enquanto aprendem tudo sobre sua mente criminosa. Ideal para todos que apreciam o mundo dos super-heróis… mas sem os levar muito a sério. Chegou a vez dos “bananas” aprenderem a dar o troco!





Ouro, Fogo e Megabytes

Adoro eventos de literatura, principalmente a bienal do livro, que proporciona aos leitores a chance de buscar as obras e os autores que mais lhe agradam, bem como descobrir novidades.
E nessa edição destaco “Ouro, Fogo e Megabytes” no estande da Gutenberg, escrita pelo jovem autor Felipe Castilho.
Em suas 286 páginas o livro conta a história de Anderson, um pré-adolescente do interior de Minas Gerais, nada popular na vida real, mas uma fera no mundo dos games on-line que de maneira inesperada é “convidado” a participar de um plano arquitetado por uma misteriosa Organização (ONG), localizada no tradicional bairro do Bixiga, no centro da cidade de São Paulo.
  A partir disso, criaturas fantásticas começam a surgir e a deixar o jovem Anderson cada vez mais intrigado em saber o porquê havia sido chamado para uma missão, quem e o que são seus novos amigos, qual a verdadeira história de Anselmo seu antecessor, e quem era na verdade o empresário Wagner Rios.
Dentro deste contexto que as aventuras do jovem mineiro se desenrolam, em meio às dificuldades para conseguir compreender uma nova realidade, no combate a homens e criaturas cruéis interessados na destruição do meio ambiente, e a dificuldade em tornar-se herói e líder também no mundo real e não só a encarnar um guerreiro élfico na dimensão virtual dos games.
O escritor consegue trazer para literatura fantástica personagens do folclore nacional, de uma forma inusitada, colocando – os no mesmo patamar de lobisomens, elfos, magos, e tantos outros seres que povoam as histórias presentes na literatura fantástica.
 Destaque para as características de cada membro da Organização, do relato de como surgiu um dos grandes mitos de nosso folclore, o Saci; e claro pelas aventuras e confrontos contra inimigos inesperados, como uma sinistra “Cuca” ( a mulher jacaré) bem no centro antigo de São Paulo.  

           Não há como não recomendar “Ouro, Fogo e Megabytes”, mesmo tendo consciência de meu papel como jornalista e não apenas de leitor. Ao concluir minha análise sobre a obra, fica claro o potencial em conquistar o público infanto – juvenil, além de trazer uma perspectiva nova à literatura fantástica em termos da escolha de personagens. Acredito que sequências devem ser publicadas, e não seria exagero dizer que o livro de Felipe Castilho poderia até mesmo ser sugerido nas escolas públicas, e que renderia até mesmo uma adaptação para o mundo dos quadrinhos (mangas).

Serviço: 

Título: O Legado Folclórico (Volume 1) - Ouro, Fogo e Megabytes 

Autor: Felipe Castilho 

ISBN: 9788565383134

Gênero: Ficção brasileira

Páginas: 150

Editora: Gutenberg Ltda








RAFAEL DIAS