O Enigma da Borboleta
Título Original: The
Butterfly Clue
Autor: Kate Ellison
Tradutor: Alice Klesck
ISBN: 978-85-8044-740-8
Gênero: Ficção – Infantojuvenil
Páginas: 321
Editora: LeYa
Nota: 3/5
Estante: Skoob
Sinopse:Um suspense eletrizante onde qualquer movimento em falso pode ser fatal. Penélope Marin, ou simplesmente Lo, é uma adolescente um tanto incomum – ela sofre de transtorno obsessivo compulsivo, que ficou mais intenso depois da morte de seu irmão Oren. Além disso, Lo adora colecionar bibelôs, mesmo que tenha que roubá-los (Ela também tem traços de cleptomania). Num desses “resgates” – como ela mesma diz – Lo encontra uma bela borboleta, que pode ter colocado sua vida em perigo. Essa figura está ligada a um assassinato e Lo pode ser a única testemunha desse crime.
Comentários:
O
Enigma da Borboleta de Kate Ellison veio de parceria com a LeYa e eu gostei
bastante do nome e da capa. Tenho que falar que o livro não me ganhou como eu
imaginava. Porém me surpreendeu no final.
Penelope
é uma adolescente ‘normal’ até que uma desgraça acontece em sua vida. Seu melhor
amigo e irmão, Oren, morre depois de meses desaparecido. Dai a vida dela começa
a dar uma virada estrondosa. Ela começa com tiques, ataques cleptomaníacos e
uma vontade imensa de acumulo de lixo.
Tudo
isso parece louco não é? Você não viu nada. Lo, como gosta de ser chamada, está
no último ano do ensino médio, sua formatura logo mais chega, mas ela não está
nem um pouco interessada nisso. Sua mãe, após a morte do irmão não come mais,
não sai do quarto, não cuida dela. O pai coloca a cara no trabalho e
negligencia a filha. Bom, a vida dela não é mil maravilhas. Os tiques são cômicos
tap tap tap banana, pra entrar ou
sair de algum lugar, 9-6-3 números bons, conta rachaduras, enfim... tudo isso
após a morte do irmão.
Com
relação ao acúmulo que ela fazia, Lo sempre ia aos piores lugares... Neverland
é um bairro muito feio, mas que tem coisas que Penelope queria. E ela achou
exatamente o que era. Um anjo encardido em um altar feio, mas ela precisava
dele. Ele a chamou. Era assim que ela sabia das coisas, mai uma percepção do
que o querer... só que algo deu errado. Alguém a viu pegando o anjo, ela
correu. E correu... e se escondeu. Nisso alguém atirou. Sangue em sua mão. Mas ela
não estava ferida mortalmente, só que alguém morreu. Sapphire. Uma striper.
Você
deve estar se perguntando o que tem “O Enigma da Borboleta” a ver com isso? Bem,
eu não também não sabia... tudo começa no Mercado de Pulgas. Depois de uns dias
da morte da menina, Penelope sente que deve ir até lá, ela não sabe bem o por que,
mas deve. E chegando lá se depara com alguns pertences da menina que ela compra
e outro que ela pega. E nesse que ela pegou era uma borboleta. Rá. Está aí você
pensa, mas nada é explicado.
A
história vai se desenrolando, desenrolando, ela descobre algumas coisas que não
sabia sobre seu irmão, se apaixona por um carinha de dreds chamado Flynt. Ele é
um artista. Ai ai o amor...
O
enredo às vezes é monótono, mas engata numa perseguição, pois essa menina não sabe
ficar parada hehe. O livro ganhou páginas, tenho que informar isso. Eu li
metade dele enquanto esperava pra ser atendida no hospital, depois me permiti
dois dias sem lê-lo... e quando terminou eu estava assim... aos prantos depois de ler a carta de Oren, mas posso
falar que o livro é bom. Vou colocar aqui algumas citações que achei bastante
interessante.
Ultimamente, porém,
tenho ido mais longe. Tenho descoberto as linahs de ônibus da cidade, saltando
no terceiro ponto, ou no nono, ou no décimo segundo, porque esses números significam
que estarei segura. Eles são números que consertam as coisas. São os que me aproximarão
dele, de onde ele tem andado, das partes dele que ainda existirem, de alguma
forma. (pág. 8/9)
– Penelope Marin –
digo em voz alta para meu reflexo, com minha voz policial mais assustadora –,
afaste-se dos espelhos. Repito: pegue sua carteira do criado-mudo e afaste-se
dos espelhos. (pág. 25)
Vou voltar a Neverland,
à casa amarela cor de vômito com as margaridas. Não sei exatamente o que
pretendo fazer quando chegar, mas tenho que estar lá. Preciso recuperá-la,
independentemente do que ela era. (pág. 38)
Eu poderia ter feito
alguma coisa. Poderia tê-lo salvado. Mas, em vez disso, eu... eu o deixei
morrer. Eu o matei. (pág. 207)
De todas, é a parte
do “para sempre” que mais me assusta. A eternidade da morte. Sinto-me oscilando
entre dois mundos – carne e ar; osso e pó. (pág. 263)
A
leitura é meio parada, mas quando tem ação a coisa fica boa! E tudo é
respondido, isso eu gostei. A autora não deixou nada em aberto. Então... qual
será “O Enigma da Borboleta”?
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