A Improvável Jornada de Harold Fry
Título Original: The unlikely pilgrimage of Harold Fry
Autor: Rachel Joyce
Tradutor:
Johann Heyss
ISBN: 978-85-8105-165-9
Gênero: Ficção literatura norte americana
Páginas: 248
Nota: 4/5
Estante: Skoob
Sinopse:Vencedor do britânico National Book Award na categoria de melhor livro de estreia e finalista do prestigiado Man Booker Prize, A improvável jornada de Harold Fry, de Rachel Joyce, tem como temas centrais os sentimentos de amor, amizade e arrependimento. A autora conta a história do aposentado Harold Fry que numa manhã de sol sai de casa para colocar uma carta no correio, sem imaginar que estava começando uma jornada não planejada até o outro lado da Inglaterra. Ao receber uma carta de Queenie Hennessy, uma velha conhecida com quem não tem contato há décadas, ele descobre que ela está em uma casa de saúde, sucumbindo ao câncer. Então, Harold Fry escreve uma resposta rápida e, deixando sua mulher com seus afazeres, vai até a caixa postal mais próxima. Ali, tem um encontro casual que o convence de que ele deve entregar sua mensagem para Queenie pessoalmente. E assim começa a peregrinação improvável de Harold Fry. Determinado a andar 600 milhas de Kingsbridge à Berwick-upon-Tweed, porque, acredita, enquanto caminhar, Queenie Hennessy estará viva, ao longo do caminho, ele encontra personagens fascinantes, que o trazem de volta memórias adormecidas: sua primeira dança com Maureen, o dia do seu casamento, a alegria da paternidade. Todos os resquícios do passado vêm correndo de volta para ele, permitindo-lhe conciliar as perdas e os arrependimentos.
Comentários:
Hi
Angels!
Confesso.
Me apaixonei por Harold Fry. Ele é um senhorzinho de 65 anos aposentado que
recebe uma carta de uma ex colega de trabalho dizendo que está com câncer e
como não tinha amigos nem família estava escrevendo para ele, pois o
considerava muito.
Bem
esse livro veio de parceria com a Suma de Letras, muito obrigada de verdade, e
quando vi a capa me interessei. Eu estava na pegada de livros de fantasia e
sair um pouco desse universo é bom. “A Improvável Jornada de Harold Fry” é um
livro rico, com uma história muito comovente.
Eu
errei feio sobre o David. Mas é perdoável. Como eu disse acima Harold recebe um
belo dia uma carta de Queenie, uma moça do financeiro que trabalhou com ele na
cervejaria. Harold é casado com Maureen e eles tiveram o David. Filho único,
David era mimado pela mãe e Harold não sabia como lidar.
Sua
própria mãe o abandonara quando criança e seu pai um vterano de guerra alcoólatra
arrumava várias ‘tias’ pra ele, até que o Alzheimer finalmente tomou conta de
seu pai. Mas Harold era um gentleman.
Um lorde inglês. Educado cumprimentava todos, até um poste. Jamais brigara ou
discutira com alguém. Sempre sereno.
E
após o recebimento desta carta ele decide responder, quando desce para colocar
a carta no correio ele resolve andar um pouco mais e isso vai se tornando uma
aventura, pois após passar no posto de gasolina para se alimentar, Harrold
conhece a moça do caixa e conversa com ela. Ela diz a ele que sua tia tivera câncer
e ela teve muita fé e sua tia ficou boa. Com isso Harold achou que salvaria
Queenie se caminhasse até ela e a mandou esperar, esperar por ele.
Só
que essa caminhada não foi só pela salvação de Queenie. Foi para o auto conhecimento,
isso Harold não sabia ela trazia a reavaliação de uma vida. Seu passado veio à
tona. Harold foi consumido pelo passado e isso fez bem a ele. Nessa caminhada de
87 dias ele conheceu pessoas boas e pessoas não tão boas assim.
Martina
uma médica Eslováquia que só conseguia limpar privadas em Londres porque seu
diploma de nada servia, ajudou e cuidou de Harold quando ele mais precisava. Ou
o oncologista que só se sentou a mesa com Harold e falou que a caminhada dele não
ajudaria o câncer a sumir. Wilf roubando e mentindo, mas fazendo o bom velhinho
se lembrar de seu próprio filho. Ou o Cachorro que o seguiu e depois sem mais
nem menos foi embora.
A
jornada de Harold foi linda e o final emocionante. Ele e a esposa reviveram o
passado de formas totalmente diferente, mas que resultou em uma revelação muito
bonita e sincera.
Rachel
Joyce me ganhou na sua estreia literária. Esse é o primeiro livro publicado da
autora, já tem previsão para um segundo livro que será trazido pela Suma
também. Se estou ansiosa para outro livro dela, com certeza! A narrativa é
envolvente e nos faz refletir sobre coisas triviais. Um café da manhã, um chá
da tarde ou mesmo uma ligação para saber se está tudo bem.
Harold
Fry mexeu comigo de uma forma que vocês não têm noção. Um velhinho de 65 anos
que nunca andara mais de 200 metros se submeter a caminhar mais de 1010km sem tênis
ou equipamentos. Esse vozinho me ganhou fácil. E tudo por quê? Por que ele
imaginou que conseguiria vencer uma doença.
A
caminhada pelo auto conhecimento foi a melhor parte. A ausência do filho. O distanciamento
da esposa. O motivo real para isso acontecer é triste e ao mesmo tempo
verdadeiro. Senti como se fosse comigo. O que David fez não se faz. Julgo sim. Não
aceito as ofensas, as punições que ele deu a Harold sem ele merecer. O pai
sempre esteve presente, nunca deixou que a mãe o visse daquele jeito. Ai se eu
pudesse.... enfim...
Harold não podia
mais passar por um estranho sem reconhecer o fato de que eram todos a mesma
coisa, e ao mesmo tempo, únicos, e que era este o dilema de ser humano. (pág.
124)
Nos
sentimos únicos. Nossos problemas são maiores. Nossas dores doem mais. Nossos sofrimentos
nunca acabam. Mas e o outro? Quem é o seu vizinho? Você o conhece? Eu não conheço
os meus vizinhos. Posso dizer que quando tinha até 10 anos eu conhecia, sabia
nomes e o que faziam. Hoje? Sei que na casa ao meu lado tem uma família com um
rapaz praticamente da minha idade que eu acho que seja autista. Desde que se
mudaram eu sempre falava “oi, tudo bem?” ele nem me respondia. Mas com o tempo
ele foi se soltando e hoje me dá a mão para um aperto, e fica batendo no rosto
da tia mostrando que eu estou falando com ele, todo feliz. Um dia desses ele
estava chegando da escola, não me pergunte como sei.. só sei que ele estava com
lancheira e mochila.. portanto, eu falei “oi” ele pegou minha mão e deu um
beijinho rsrs Conto isso, porque eu nem ao menos sei seu nome, não sei o que a
família passa. Só sei que o que falta no mundo hoje é um pouco de carinho e atenção.
Sei que sou chata, mas me preocupo com meus amigos. Quero saber sempre se estão
bem se posso ajudar. Mesmo que eu nem conheça pessoalmente. Tenho muitos amigos
virtuais e o carinho é igual. A Lilly que o diga, Telminha te amo amiga!
Falei
demais, sei disso, mas esse livro realmente mexeu comigo. Eu favoritei no Skoob. Vi que duas pessoas abandonaram. Ele
não é de leitura fácil, ele é um livro adulto, denso, tenso, algumas vezes você
ri em outras você chora, contudo é um livro que indico sim. Levei 10 dias para
lê-lo, pra mim não foi por ser ruim ou por enrolar. Apenas eu queria degustar a
história de Harold. E valeu cada dia dessa leitura.
Oie :)
ResponderExcluirNossa agora eu fiquei morrendo de vontade de ler esse livro, acho que eu iria me apaixonar por ele logo de cara porque livros assim combinam comigo, que capa é essa u.uu linda !!!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )