Filhos do Éden: Anjos da Morte

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Autor: Eduardo Spohr
ISBN: 978-85-7686-245-1
Gênero: Ficção Brasileira
Páginas: 590
Editora: Verus
Nota: 5/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino

Sinopse: Desde eras longínquas, os malakins, anjos estudiosos e sábios, observam em silêncio o progresso do homem. Mas eis que chega o século XX, e com ele as armas modernas, a poluição das indústrias, afastando os mortais da natureza divina, alargando as fronteiras entre o nosso mundo e as sete camadas do céu.

Isolados no paraíso, incapazes agora de enxergar o planeta, esses anjos solicitaram a ajuda dos “exilados”, celestiais pacíficos, que havia anos atuavam na terra. Sua tarefa, a partir de então, seria participar das guerras humanas, de todas as guerras, para anotar as façanhas militares, os movimentos de tropas, e depois relatá-los a seus superiores alados.

Sob o disfarce de soldados comuns, esse grupo esteve presente desde a praia da Normandia aos campos de extermínio nazistas, das selvas da Indochina ao declínio da União Soviética. Embora muitos não desejassem matar, foi isso o que lhes foi ordenado, e o que infelizmente acabaram fazendo.
Repleto de batalhas épicas, magia negra e personagens fantásticos, Filhos do Éden: Anjos da Morte é também um inquietante relato sobre o nosso tempo, uma crítica à corrupção dos governos, aos massacres e extremismos, um alerta para o que nos tornamos e para o que ainda podemos nos tornar.


Comentários:

Bonjour Anges!

Estão prontos para mais uma das leituras da “Pilha do Anjo”? Esse é mais um dos meus toques pessoais a essa pilha. Anjos da Morte é o segundo livro da série Filhos do Éden, do autor nacional Eduardo Spohr. Quem já leu alguma das obras do Spohr sabe que ele é perito em alados e em História Geral e esse livro não foge à regra.


Podendo ser lido separadamente, sem problema nenhum, Anjos da Morte conta a história de Denyel, um dos querubins exilados e todo o caminho que seguiu sendo parte dos Anjos da Morte, mostrando cada participação desde a Segunda Guerra Mundial até a queda do muro de Berlim em 1989.

Esse livro se passa no mesmo cenário que “A Batalha do Apocalipse” e “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida”, mas dessa vez os focos são as guerras modernas, tendo um toque de sobrenatural no meio de todo esse conflito.

Eu particularmente sou apaixonada pelo Denyel desde o primeiro livro dessa trilogia e, poder ver como ele chegou ao estado em que o conhecemos no inicio da aventura é extremamente interessante, muitas coisas se encaixam melhor e, sério, dá muita dó dele em algumas partes. Sabe aquele personagem que Murphy faz questão de cutucar? Pois é, esse é o Denyel.

Sarcástico, irônico, bêbado, Denyel com o passar dos anos na terra desenvolveu a malicia dos humanos e foi somente isso que o protegeu contra tudo o que teve que enfrentar até agora.

Mas, o livro não fala somente sobre o passado, em capítulos aleatórios, vemos fragmentos da continuação de Herdeiros de Atlântida, onde Kaira e Urakin trabalham juntos em sua missão. Esse coro (grupo de anjos) fazem muitas revelações bombásticas dando ganchos para o próximo livro.

Mas, nem só de personagens legais se faz um livro, não é mesmo? E nesse há dois que eu simplesmente ODEIO. Sólon e Yaga, dois anjos, são desprezíveis. Eles levam o antagonismo a sério, e suas ordens desencadeiam muitas situações que levam a reviravoltas absurdas no rumo que a história toma.

Recheado com citações de História Geral, tendo como trilha sonora músicas de cada época citada, tendo por cenário da Europa antiga até a América atual, Anjos da Morte é uma obra fantástica, que mescla muito bem a realidade com a ficção.

É impossível não se identificar com a causa dos alados e não cair de cabeça nesse mundo de conspirações e traições. Uma crítica sobre a corrupção e os caminhos que a humanidade tem seguido esse é um ótimo livro de reflexão, afinal com os cenários e suas batalhas extremamente sangrentas podemos ter um vislumbre do passado que nos trouxe ao que somos hoje.

Terminado Anjos da Morte com aquele jeitinho de “continua no próximo episódio” nos resta agora esperar (mais uma vez) o terceiro volume da saga, Paraíso Perdido para ter todas as respostas que se acumularam ao longo dos dois livros anteriores, e confesso: já ansiosa pela conclusão desse épico cheio de reviravoltas.



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