Os Três

08:30 Milena Cherubim 0 Commentários

Título Original:  The Three
Autor: Sarah Lotz
Tradutor: Alves Calado
ISBN: 978-85-8041-269-7
Gênero: Literatura Sul Africana
Páginas: 400
Editora: Arqueiro
Nota: 4/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino




Sinopse:Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele... Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.

Comentários:

Um livro dentro de um livro. Uma narrativa envolvente, forte, muito bem construída. Sarah Lotz me ganhou. Muitas vezes me pegava comparando a um livro de jornalismo literário. Para quem não conhece o gênero, jornalismo literário nada mais é que se pegar um assunto verídico e transformá-lo em uma maneira menos agressiva de se ler.

Quinta-Feira Negra da Queda à Conspiração – Por dentro do fenômeno dos Três, é um livro de Elspeth Martins e nele a autora narra foi como ficou conhecido aquele fatídico dia em que quatro aviões caíram. Um em cada lugar do mapa. E milagrosamente três crianças sobrevivem.
Os Três são crianças com idades entre 5 e 7 anos. São eles: Jéssica Craddock, Hiro Yanagida e Bobby Small. São conhecidas como “Os Três”, as crianças milagres, pelos radicais os cavaleiros do apocalipse, pelos ufanistas “ete’s”, mas quem estaria certo?
Tudo começa com a última mensagem deixada por Pamela May Donald:

“Eles estão aqui. Eu... Não deixe a Snooki comer chocolate, é veneno para os cachorros, ela vai implorar a você... o menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Tchau, Joanie, adorei a bolsa, tchau Joanie, pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele...” (pág. 17)

E com essa última mensagem da beata Pam do condado de Sannah o pastor Len anunciou para a mídia que as crianças eram os Cavaleiros do Apocalipse. Que quem não se convertesse e clamasse misericórdia a Jesus seria uma alma para o Anticristo e que o dia do arrebatamento estava próximo. Os selos estavam sendo abertos. O fim do mudo estava próximo.
Como existem doidos nesse mundo não é? Neste livro a autora Elspeth mostra o fanatismo religioso, como acaba a história de alguns membros da congregação, como Deus pode nos preparar para coisas que não conhecemos... e para a verdade. Elspeth descobre toda a verdade e você se surpreenderá com o final totalmente inesperado.
Ela nos leva para o Japão, Reino Unido, África mostra como as pessoas reagem em contato com uma das três “crianças milagre”. Como a busca infrutífera da quarta criança acaba por ruir a teoria dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. E vai construindo de forma espetacular uma trama muito maior que estamos vendo. Por isso querido leitor tenha cuidado com o que você pensa se tratar desse livro. Nada é o que parece ser.
Confesso que tive receio algumas vezes das crianças, pois elas não se pareciam com crianças. A forma de falar era bem adulta... quase um ancião. Os relatos que vi dos mais experientes em suas áreas também de deixaram de boca aberta.

“Ele parecia olhar direto através de mim. Depois... escute, Elspeth, isso vai parecer muito sinistro, mas eles começaram a marejar, como se ele fosse cair no choro, só que... meu Deus... isso é difícil... eles não estavam se enchendo de lágrimas e, sim, de sangue,” (pág. 41) – Relato de Ace Kelso da ANST (Agência Nacional de Segurança dos Transportes)

O livro é bem sombrio. O suspense, o terror, e por que não... o pânico? Sarah Lotz consegue verbalizar tudo com uma sutileza e uma veracidade que parecia mesmo que a história era real. Se eu recomendo? Sim ou com certeza? Claro que sim!!!! Só não vá com muita sede ao pote porque nada é o que parece... lembre-se disso...







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