A culpa é das Estrelas - Milena

08:30 Milena Cherubim 0 Commentários

Título Original: The Fault in Our Stars
Autor: John Green
Tradutor: Renata Pettengill
ISBN: 978-85-8057-226-1
Gênero: Ficção americana
Páginas: 288
Editora: Intrínseca
Nota: 4/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino

Sinopse:A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar. Mais informações em: www.aculpaedasestrelas.com 

Comentários:

Eu estava postergando a leitura desse livro por saber exatamente como iria acabar. Eu superhipermega inchada de tanto chorar. É... obrigada John Green, eu realmente te odeio por isso.

Hazel Grace é uma menina com um câncer muito ruim, não que os outros não sejam, mas esse em especial que deixa alguém sem respirar é complicado. Sei como é não respirar, tenho bronquite e esse tempo frio ataca e acaba comigo... Continuando... essa menina tem apenas 16 anos, fica em casa a maior parte do tempo e sua mãe a obriga a ir à reuniões de grupo de apoio para não se sentir sozinha e tentar fazer amigos. Ela não gosta nada disso, mas acata a ordem de sua mãe.
Lá conhece Isaac que tem um câncer muito raro nas orbitas oculares. Ele não tem um olho, mas até ai tudo bem né... ainda tem o outro! E no grupo ela conhece o amigo do Issac, Augustus. Nem preciso dizer que me encantei com ele né? Um garoto extremamente pra cima, irônico e como ela diz “gato e sexy”.
Claro que já deu pra sacar que Hazel e Augustus iriam se tornar um casal. Isso foi fofo. Ele fez o Desejo (é uma ONG que realiza desejos de crianças com câncer) dele pensando nos dois e em Amsterdã é que começa realmente o “amor”. Gostei muito das cenas românticas que foram protagonizadas por eles. O carinho, o conhecimento, as brincadeiras, o “O.k. Ok.”, a dor, o desespero...
Como já falei inúmeras vezes sou muito visual e cara... me acabei de chorar. Eu via a cena deles juntos. Vi o desespero do Isaac ficando cego. A dor da mãe de Hazel em pensar em perder sua filha. O choro copioso do pai pensando que a qualquer momento sua menininha iria embora. Vi a força de uma menina de 16 anos querendo viver mais um pouco. A dor pela morte. A saudade...
Quando comprei esse livro eu disse “um dia lhe lerei”, não estava preparada psicologicamente para ele. Acho que nem agora, visto que estou chorando até agora. Porém como saiu o filme e minhas amigas TODAS vão ver e me chamaram pra ir, eu resolvi ler. Ainda bem, pois vi a Scheila, Guardiã da Meia-Noite, falando que o filme é muito lindo e fiel ao livro eu não iria lê-lo depois de ver o filme.
Sempre fui muito sentimental. Me apego facilmente as pessoas, mesmo as que estão nos livros. Como mãe sentir a dor da perda pelas linhas do livro já dói, imagina na realidade. Sempre brinco com a Joyce falando “Eu não te segurei por 9 meses na barriga pra qualquer um te levar de mim”. É bem isso mesmo... mas quando o ‘qualquer um’ é Deus lhe chamando para estar com ele? Não acho justo uma criança que não teve tempo suficiente para saber como é a vida sair assim abruptamente... mas estou aprendendo a aceitar que algumas coisas nos são impostas para evoluirmos.
Perdi grande parte da minha família para essa doença. Hoje lembro com saudosismo dos momentos bons que passamos juntos. E quando leio esses tipos de livros sic-lit a dor, a impotência de não poder fazer nada voltam amargamente. Parece brincadeira você se padecer por uma personagem que não existe. Contudo para mim cada livro que leio é uma vida que vivo. Claro que temos momentos bons e ruins. Essa é a maravilha da literatura. Você poder abrir algumas páginas e estar em Hogwarts e logo depois em Mordor. Ou caçar assassinos em Berlin. Guerrear com monstros. Viver uma linda história de amor. Tudo isso sem sair de casa ou em alguns casos do transporte público, praia, montanha, hospital...
Livros são vidas, amigos, amores, aventuras, dissabores... E a cada livro terminado tenho a certeza de que esse meu vício foi a melhor coisa que me aconteceu. Obrigada Pri Cherubim por me apresentar esse mundo maravilhoso.








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