A Guerra dos Fae – Chamado às Armas
Título Original: War of the
Fae: call to arms
Autor: Elle Casey
Tradutor: Ana Death Duarte
ISBN: 978-85-8130-227-0
Gênero: Ficção literatura norte-americana
Páginas: 358
Editora: Geração Jovem
Nota: 3/5
Estante: Skoob
Sinopse:Chegou a hora da guerra no segundo volume da série "A Guerra dos Fae! Em Chamado às Armas", os Fae da luz são convocados a fazer uma importante mudança e treinar seus dons mágicos para enfrentar os Fae das Trevas. Jayne Sparks e seus amigos Spike, Chase, Finn e Becky estão na iminência de uma guerra sangrenta e devem sofrer uma mudança, como crianças trocadas, para serem membros dos Fae da Luz com identidades mágicas. Poderão se transformar em elfos, ninfas, daemons, íncubos, anões e duendes verdes, querendo ou não aceitar suas novas identidades, desapontando-se com elas ou não. Como será resolvida a questão entre os Fae da Luz e os Fae das Trevas? Serão Jayne e seu grupo de amigos capazes de dar conta de uma missão tão espinhosa? Muitas respostas a estas perguntas, e outras tantas que foram provocadas pelo primeiro volume da série, serão respondidas aos leitores. E surgirão novos e fascinantes enigmas.
Comentários:
Ai
ai, sabe quando um livro te ganha no primeiro volume da série, mas algo
acontece em sua continuação que o encanto não é mais o mesmo, quando o segundo
volume não corresponde muito à expectativa deixada no primeiro, foi isso o que
aconteceu comigo ao ler Guerra dos Fae: Chamado às Armas.
A
história vai continuar do ponto em que foi encerrada no livro anterior, após
todos os amigos de Jayne souberem a verdade sobre os Fae e sobre quem eles são
e o porquê de todos os testes na florestas, e tiveram que fazer sua escolha, ou
se tornarem crianças trocadas ou voltarem a ser humanos, neste último caso sem
a lembrança de tudo o que descobriram. Neste momento Jayne sofre um baque ao
descobrir que seu melhor amigo Tony decide voltar a ser humano.
Toda
a trama vai se desenvolver deste ponto, vemos Jayne tentando lidar com sua nova
realidade, que ela é um fae e que uma guerra está se aproximando, ela tem que
se adaptar a este ambiente novo e a ausência de Tony.
Aqui
vou fazer a resenha um pouco diferente e dividir nas partes que me agradaram e
as que não para não misturar opiniões.
Gostei
muito da dinâmica entres os amigos de Jayne: Spike, Chase, Finn e Becky criam
um laço maior que no primeiro livro, alguns aparecem mais que outros (Finn tem uma
participação visivelmente menor) mas eles continuam um grupo bem unido, eles se
aproximaram devido a tudo o que aconteceu na floresta, mas agora são
verdadeiros amigos tentando entender essa nova realidade.
Foi
muito bom poder ver um pouco do mundo fae, conforme Jayne vai apreendendo sobre
essa raça o leitor também descobre algumas coisas também, foi bem divertido ver
a interação dos fae e o complexo onde eles moram, descobrir um pouco sobre as
diferentes raças e conhecer personagens novos.
Como
no anterior, outro ponto positivo é que a autora encerra seus livros com
grandes, enormes e aflitivos ganchos para a sequência, assim, por mais que esse
livro tivesse alguns pontos que não me agradaram, eu ainda estou morrendo de
curiosidade para saber o que irá acontecer.
Agora
os pontos que não gostei:
Um
deles foi que nesse livro a autora teria uma liberdade maior para explorar o
mundo fae, explicar um pouco mais da história desses seres sobrenaturais, focar
na interação entre as raças, falar mais sobre a divisão de luz e trevas,
explicar mais sobre a guerra porém isso não acontece, posso dizer que 90% do
livro é focado em Jayne e em seus dramas, os elementos que foram mais
explicados eram aqueles que virariam uma “chave” em alguma ação futura, de resto
ficou tudo muito superficial, ela está trabalhando com uma mitologia diferente,
um universo novo, ela poderia ter se aventurado mais ao invés de focar nos
chiliques (sim, isso mesmo) de Jayne.
E
agora o ponto que mais me incomodou, Jayne, desde o primeiro livro a autora
construiu a personagem para ser diferente das mocinhas tradicionais que
protagonizam os romances sobrenaturais, Jayne não se acha um nada, ela tem uma
boa autoestima, é desbocada e impulsiva. Porém neste volume senti que tudo
passou um pouco do ponto, ao invés de ser como as mocinhas que sofrem de falsa
modéstia Jayne é prepotente demais, suas brigas em muitas ocasiões ficaram
parecendo chiliques de adolescentes revoltados e sua impulsividade beirava a
falta de inteligência algumas vezes. Vou dizer que com tudo o que a garota
passou no primeiro livro e com algumas coisas do segundo eu esperava um
amadurecimento da personagem e isso não ocorre, ela quase tem os mesmos erros,
briga várias vezes pelo mesmo motivo, que ninguém explica nada para ela, mas em
pouquíssimos momentos ela se mostra madura para encarar a situação. Espero
realmente que a personagem melhore com o passar da série.
Resumindo
quero continuar a leitura de A Guerra dos Fae por sua mitologia, não por sua
personagem principal.
Ps:
Essa é uma série de quatro livros:
Livro
1: A Guerra dos Fae – As Crianças Trocadas;
Livro 2: A Guerra dos Fae – Chamado
às Armas;
Livro 3: War of the Fae – Darkness & Light
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