O Espião

02:27 Milena Cherubim 3 Commentários


 Título Original: The spy
Autores: Clive Cussler e Justin Scott
Tradutor: Henrique Amat Rego Monteiro
ISBN: 978-85-63219-98-5
Gênero: Ficção – Literatura norte-americana
Páginas: 416
Editora: Novo Conceito
Nota: 2/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Cultura / Submarino / Saraiva






Sinopse:
 É 1908 e acumulam-se tensões internacionais enquanto o mundo caminha inexoravelmente para a guerra. Após um talentoso projetista de canhões de couraçados morrer em um aparente suicídio, sua filha, angustiada, recorre à lendária Agência Van Dorn para limpar o nome do pai. Van Dorn põe seu principal investigador no caso, Isaac Bell, que logo percebe que as pistas apontam não para suicídio, mas para assassinato. E quando se seguem outras mortes mais suspeitas, fica evidente que alguém — um ardiloso espião — está orquestrando a eliminação das mentes tecnológicas mais brilhantes... Mas isso é apenas o começo.

Comentários:

Conversa vai... conversa vem… com a Jéssica, Reading Books and more..., surgiu o assunto de livros... claro.
Milena: – Ai Jess... não sei qual livro vou ler agora. Preciso pegar algum da Novo Conceito.
Jéssica: – Você já leu O Espião?
Milena: – Ainda não. É bom?
Jéssica: – Eu não gostei, mas quem sabe você não tem outra opinião?
É... Infelizmente não terei outra opinião. Esse livro chegou com uma proposta muito boa ao meu ver. Adoro histórias de espionagem industrial. Gosto de esquemas policiais. Fico admirada ao ver descrições de épocas que não vivi. Portanto quando a Jess me falou dele achei que seria rápido para ler, é um assunto que curto. Ledo engano.
A capa muito bem feita mostra de cara para que veio o livro. Navio, uma mulher com olhar de indefesa, um atirador (que podemos deduzir ser o espião), o projeto de diagramação muito caprichado.
Ao todo são 416 páginas de histórias que poderia ser simplificada para 300 no máximo. Os autores pecam ao tentar tornar a trama longa. O inicio do livro é tediante, quando chega-se no meio você pensa 'agora vai', o ritmo aumenta e flui bem. Contudo estaguina-se novamente e em 50 páginas ocorre tudo de uma vez.
Os acontecimentos levam a crer em um determinado suspeito, porém até chegar a conclusão demora muito ao meu ver. O personagem principal é um detetive, portanto ele deveria ser mais rápido em perceber certas trivialidades.
Gostei bastante dos personagens atribuídos à história. Japoneses, alemães, ingleses. Um espião japonês diz ao seu contratante

“Não faço espionagem pelo dinheiro. Espiono pelo Império do Japão.” (pág. 19)

E como resposta leva “e para mim”. Esse era o espírito dos espiões contratatos pelo ‘chefe espião’. Para eles a espionagem era para um bem maior. A história acontece em 1900. Entre guerras e supostos aliados. Notei falta de descrições da época. Mas enfatiza-se as descrições navais. Um estudo muito bom de couraçados, navios, submarinos, armamentos e etc.


Observei uma forma interessante de linguagem. Para quem assisti C.S.I. N.Y. como eu, lembra-se de um episódio com a gangue Hell’s Kitchen. Essa gangue é formada por irlandeses e aqui na história foi no ano que se originou. Voltando a linguagem que mencionei. Você lê normalmente, mas logo em seguida vem uma explicação do narrador mostrando como exatamente ocorreu. Um ponto positivo ao meu ver. Mesmo por que pessoas sem instrução falam errado.

“Num queru trapaiá us pissuá, si pricisá saí mais cêdu” (pág. 142)

Em outras partes vemos que o lado policial do detetive fala mais alto e podemos entrar na cena com ele no momento em que ele vai sozinho até o cassino do chefão dos Hell’s Kitchen e acaba com o lugar. Meio surreal, mas divertido... confere boas risadas.
Mas a perseguição gato e rato não me atraiu. O lado bom é que é livro único. Uma leitura regular. Espero que o livro “O Reino” do mesmo autor não me decepcione.





3 comentários:

  1. Nossa, assim não dá vontade de ler nadinha dele rsrsrs

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  2. Dizem que O Reino é melhor. Vou arriscar heheh

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  3. Eba, ainda bem que não foi a única que ficou completamente decepcionada com o tédio do livro e a falta de tato do detetive que as coisas caem no colo dele enquanto ele nem pesquisa direito sobre as coisas hauahuahua. Espero também que O Reino seja melhor, porque é muito desperdício de capa bonita hauahuahua.

    Beijos Mi

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