[Resenha] Azul

10:00 Milena Cherubim 4 Commentários


Azul veio em parceria com a assessoria de imprensa Parceria 6 e só posso dizer que há mais ou menos uns 21 anos que não lia poesia. Isso mesmo. Este livro possui uma poesia linda escrita pela Bia Penha.

Nunca fiz resenha de um livro de poesia, portanto me perdoem se eu for sucinta e sem muito aprofundamento, mas poesia para mim é o que as palavras representam em minha vida. Algumas me tocaram profundamente como:

Escrever
Eu não escrevo para exorcizar meu medo
Eu escrevo pra transbordar minha loucura
Eu escrevo por que foi a única utilidade que encontrei pra minha dor
Eu escrevo pra não explodir de raiva e nem de amor
Eu escrevo por que só quem experimentou a vida
Sabe o horror de mastigar e ter de engolir a ferida

Às vezes poesia mexe com você por algum problema que você esteja sofrendo como:

Disparate
Eu percebi o absurdo do mundo de repente,De dentro do meu quarto escuro.
Solidão se faz com muitos aos poucos.
Até entender que para ser felizBasta estar de bem com a ponta do nariz.

Faz sentido? Para mim sim. Sei que muitos torcem o nariz para esse estilo, eu gosto. Acho que foi a primeira coisa que li  por mim mesma sem ser obrigada no colégio. Esse livro é quase uma obra de arte, ou melhor dizendo um livro obra de arte. 



SERVIÇO:

Título: Azul
Autor:  Bia Penha
Tradutor: Rita Sussekind
ISBN: 978-8566-870-62-6
Assunto: Poesia
Páginas: 122
Editora: Futurama
Nota: 4/5
Estante: Skoob

 Sinopse: A poeta Bia Penha lança AZUL seu primeiro livro nas versões livro-objeto e impressa e promove noite de autógrafos dia 23 de fevereiro, na Livraria Blooks do Shopping Frei Caneca a partir das 18h30 – 3º piso – Consolação.
Bia põe no papel muitas facetas de uma mesma pessoa e retrata um pouco do que cada um carrega em si: loucura, dor, amor, superação, e diversos sentimentos. “Este AZUL é feito de “verdades secretas”, que de tão secretas, tornam-se nossas também. A poesia de Bia é costurada no tempo e em cicatrizes, que delicadamente bordam sua “dor de carne sem osso”, afirma a escritora Maice Rocha Glaser no prefácio do livro.
LIVRO TAMBÉM É OBRA DE ARTEO livro Azul é lançado em duas versões: a impressa, como todos conhecem, e uma versão diferenciada, que traz o conceito de obra de arte. É que Bia decidiu lançar um livro-objeto com tiragem numerada com apenas 30 unidades.As imagens de capa do impresso e do livro-objeto são do fotógrafo Maurício Nahas; a direção de arte de ambas as versões são assinadas por Leo Macias, premiado diretor de arte em Cannes com 17 leões, atualmente na DM9DDB. É dono da apArt Private Gallery.“Conseguir verbalizar situações humanas flagradas em contida dor e pungência: talvez seja essa a característica mais vincada de Azul de Bia Penha. Exemplo? “Com flechas e sem alvo” (p.67). Isso é Poesia. ” Adelia Bezerra de Meneses ( Professora Doutora em Teoria Literária e Literatura comparada (USP)“Duas coisas me atraem neste AZUL de Bia Penha. A primeira: ela resolveu mostrar a cara. A segunda: ela consegue entrelaçar vapor e chumbo (ou fumaça e alegria, como diz) toda vez que entra (ou cai) no estado poético – que, aliás, ela descobriu ainda menina, quando colecionava pensamentos. Na lírica deste AZUL, a dor amansada logo se ilumina ao primeiro raiar da alegria. O que era fixo se mexe, procura outros roteiros, os contrários se entendem e prosseguem juntos.” (Roberto GambiniAnalista junguiano (autor de A Voz e o Tempo, Prêmio Jabuti 2009)





4 comentários:

  1. Não conhecia o livro Mi, e faz um bom tempo que não pego um livro de poesias. Eu acho que faz sentido sim o que você falou, ou melhor, escreveu :)
    Bjs!

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    1. Eu gosto bastante! Queria ter mais afinidade com esse gênero rs

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  2. Oi, Mi.
    Eu não me dou bem com poesia e ainda não descobri o motivo.
    Sei que temos autores incríveis, mas não é o tipo de texto que me cativa.
    Mas que bacana que o livro te tocou de uma boa maneira!
    beijos
    Camis - Leitora Compulsiva

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