O Portal de Capricórnio

11:00 Milena Cherubim 0 Commentários


Título Original: O Portal de Capricórnio
Autor: M.R. Olivieri
ISBN: 978-85-60137-38-1
Gênero: Ficção – Literatura nacional
Páginas: 200
Editora: Anadarco
Nota: 3/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Cultura 






Sinopse: Tem gente que não acredita em outros mundos, mas na Encosta de Capricórnio existe um portal para um mundo mágico e desconhecido onde a jovem Dru Ruver e seus amigos vivem a maior aventura de suas vidas dispostos a salvar a humanidade. Porque há pessoas nesta vida que têm como habilidade ver o que ainda não foi visto, observando tudo aquilo que acontece sem ninguém notar.



Comentários:

Conheci a autora no Fantasticon de 2012. Ela me adicionou nas redes sociais e me ofereceu o livro para análise. Aceitei o desafio e consegui ler ainda em 2012. Bom, comecemos analisando a capa. Para quem me conhece a capa é uma parte muito importante para mim. É através dela que me apego ou não ao livro.
De cara falo que não gostei da capa. Meio rosa, meio amarela, com rabiscos e nem me remete a nada. Isso a priori depois que você lê, acaba percebendo que é um mapa. Mesmo assim eu acho que deveria mudar essa cor da capa!
A diagramação está muito boa, a tipografia só pecou na hora das lembranças. Itálico fica muito cansativo de ler. As mudanças de capítulos são páginas brancas, ou melhor, amarelas, o que dá uma quebra nos acontecimentos e relaxa para o próximo capítulo.
Já no enredo o que você pode esperar é um mundo totalmente diferente. Gostei da trama, achei convincente tirando um ponto que explicarei mais adiante e acredito que poderia ser mais explorado alguns pontos.
Dru Ruver é uma garota que perdeu os pais em uma catástrofe náutica e vive entre colégio interno e a casa de veraneio na Encosta de Capricórnio. Uma menina muito esperta, decidida e claro, meiga. Com apenas 17 anos ela encontra a maior descoberta de todos os tempos.
Em um simples dia de férias Dru estava na varanda de sua casa quando de repente aparece um homem estranho. A primeira coisa que lhe passa pela cabeça é ‘medo’, contudo o homem lhe disse que era um velho conhecido. Dru o convidou para entrar, posso falar que quase enfartei?  Eu achei que ele era um vampiro por que ele ficou muito instigando a menina a aceitá-lo em sua casa. Mas não, ele era apenas um humano. Hans era seu nome. Ele era o filho de uma senhorinha que Dru ia visitar quando criança.
Um pedido inusitado. Dar comida aos gatos. Isso pegou a menina desprevenida, porque ela sempre gostou de animais. E concordou em fazer isso. Porém algo dizia que ela não deveria, mesmo assim foi. E para seu espanto não existiam gatos. Só uma sala branca com um botão no chão. Acionando Dru encontrou um livro antigo que não entendera nada e pediu ajuda para um especialista em cartografia.
Dr. Filipe Meine um renomado estudioso ficou fascinado pelos mapas. Claro que a menina não levou os originais e sim ela mesma desenhou; outro importante parêntese antes de começar o livro tem uma imagem de um mapa desenhado à mão, eu não tinha entendido, mas esperei pra ver o que era e fez todo o sentido, portanto olhem o mapa abaixo.


Não posso falar mais sem dar spolier, mas colocarei aqui algumas passagens que me chamaram a atenção.

O silêncio foi profundo e durante algum tempo, todos ficaram olhando por toda a volta, mas nada parecia fazer sentido. A temperatura estava alta e no solo havia areias brancas castigadas por um sol flamejante. (pág. 59)

- É, parece que a realidade está oca! E agora eu quem pergunta: quanto tempo se leva para morrer?
- Talvez um minuto, dois dias ou uma vida inteira. Eu ano sei dizer...
- Você acha que estamos aqui enfrentando a morte?
- Não... Não, querida! – ele sorriu – A morte... ela é sempre mais branda!
(pág. 81)

- Eis Kathumaram! – ele apontou um círculo imaginário em volta da enorme árvore - Somente quem adentra suas terras pode compreender a sua magnitude e beleza, um ventre do paraíso, um sopro de vida no meio do caos! (pág. 142)

Esses trechos que separei para vocês me chamaram atenção por serem conversas entre os integrantes do grupo sobre a morte iminente em determinado trecho da aventura ou mesmo quando vai enaltecer o local onde vive. Foram conversas que me deixaram com a sensação de que isso realmente estava acontecendo e eu estava lá.
Contudo devo chamar a atenção para um ponto que me desagradou bastante. Quando os integrantes dessa aventura, que eram 8 pessoas, se separaram um dos grupos ficaram com um relógio de corda porque nenhum equipamento eletrônico funcionava ali. Até aí, ok. Eu já sabia que uma das mulheres possuía esse relógio, mas não que ela tinha entregado a outra mulher. Eu passei DEZ páginas para saber que a Dra. Ada tinha entregado o seu relógio para a Dra. Vitina e isso me irritou um pouco.
Eu gostaria que o enredo fosse mais explorado em alguns pontos. Primeiro em Kathumaram, poderia ter descrito mais o local, explicado mais sobre os livros de memórias e faltou uma interação a mais com a Dru. Segundo na Terra dos Homens, onde Hans poderia ter mostrado mais ao pequeno grupo. Terceiro na volta pra casa, fica muita coisa no ar.
Espero que vocês tenham gostado e espero pela continuação!




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