A Outra Vida
Título
Original: The
other life
Autor: Susanne
Winnacker
Tradutora: Shirley Gomes
ISBN: 978-85-8163-151-6
Gênero: Ficção americana, distopia
Páginas: 272
Editora: Novo Conceito
Nota: 4/5
Estante: Skoob
Sinopse: O mundo de Sherry — de uma hora para outra — mudou completamente. Por causa de um vírus muito contagioso, as pessoas que ela costumava conhecer, e quase todas as pessoas de sua cidade, Los Angeles, na Califórnia, se transformaram em mutantes assustadores. Esses mutantes têm uma força excessiva, são ágeis, o corpo é coberto de pelos, eles lacrimejam um líquido imundo e… comem gente! Portanto, não há muito o que fazer — talvez tentar fugir — quando se encontra algum deles. A não ser que você tenha ao seu lado a força e a determinação de um jovem como Joshua. Joshua perdeu uma irmã para os mutantes e sua raiva é tão grande que ele seria capaz de vingar todos aqueles que perderam alguém para as criaturas. No entanto, para que esta revanche aconteça, é preciso prudência. Afinal, até que ponto a disseminação deste vírus foi uma coisa realmente natural? Que poderosos interesses estão por trás desta devastação? E será que Joshua e Sherry conseguirão ter a cautela necessária para lutar contra as criaturas justo agora que seus corações estão agitados pelo começo de uma paixão?
Comentários:
Olá,
anjinhos!
O
livro de hoje é um título que envolve dois gêneros em alta no momento: distopia
e zumbis. Preparados para “A Outra Vida”?
Antes
de qualquer coisa, preciso dizer: esse livro acabou me conquistando meio que
por acaso. Eu não o havia notado na lista de lançamentos da Novo Conceito e só
tomei conhecido depois de ver a Eri e a Milena falando sobre ele. Aliás, foi a
anjinha Mi quem disse que eu ia gostar desse livro e, curiosa como sou, fui
correndo olhar do que se tratava. Ele me instigou tanto que assim que decidi
iniciar uma nova leitura foi meu escolhido. E não deu outra, eu adorei!
Sherry
é uma adolescente que vive há 3 anos, 1 mês, 1 semana e 6 dias em um bunker. Após
um surto de raiva se espalhar em Los Angeles, todos os moradores se veem
obrigados a procurar abrigos para tentar se salvar da contaminação. Simples
assim. E como a família da garota possuía um abrigo particular, devido à
preocupação de seu pai com a segurança, todas as lembranças da garota nos últimos
1.139 dias são daquele lugar e seu único contato era com as pessoas da família
que ali moravam.
Tudo
o que Sherry desejava era um pouco de aventura em sua vida monótona; era poder
ver a luz do sol, os amigos ou mesmo comer uma fruta fresca outra vez. Dentro
do bunker, a vida não está fácil. A comida praticamente acabou no abrigo, seus
pais brigam com uma frequência ainda maior e ela praticamente se vê como a
única adulta ali, sendo a responsável em cuidar para que a pequena Mia não
perceba o caos que a cerca.
Com
o fim da comida, porém, uma atitude precisa ser tomada e seu pai decide sair do
abrigo e caçar comida. E é a partir disso que a rotina da garota começa a
mudar. Sherry é a mais velha, sabe atirar e sente-se de alguma forma
responsável por aquela família. Além de, óbvio, ser uma chance, talvez uma das
únicas que Sherry terá de sair.
No
entanto, ela não estava preparada para o que sobrou lá fora. Houve um
bombardeio, vidros se despedaçaram e há fuligem em todos os cantos. Casas foram
destruídas. O mundo parece vazio e solitário. E assustador. O que se prova
ainda mais verdadeiro e intenso quando estão caçando comida e Sherry e seu pai
são atacados no mercado.
A
princípio ela não sabe bem o que aconteceu, só que deve fugir o mais rápido que
puder. E o faz. Mas as coisas meio que saem de controle, porque, quando se dá
conta, seu pai não está mais lá; porque está sozinha, assustada; porque quando
volta há muito sangue no chão do mercado, mas não há vestígios de seu pai;
porque está sem munição e é obrigada a encarar aqueles seres estranhos, que
lembravam humanos curvados e com pelos e olhos lacrimejantes.
É
durante esta loucura toda que conhecemos Joshua, o salvador de Sherry, e é com
a ajuda dele que a garota começa uma verdadeira corrida contra o tempo para
tentar salvar seu pai e o resto de sua família (que pode sair a qualquer
momento do abrigo para procura-los) do que o rapaz chama de “Chorões”, os
humanos contaminados pela raiva.
E
este não é nem de perto seu maior problema, pois, com o desenrolar da trama, Sherry
descobre que há coisas muito mais aterrorizantes nesse novo mundo e que sua
antiga vida, a “outra vida”, está ainda mais longe do que poderia imaginar.
Com
um ritmo rápido desde o começo, o livro tem muitas cenas de ação e tudo
acontece sem maiores delongas. Eu particularmente gostei muito disso, dessa
sensação de adrenalina que a leitura vai causando.
Outro
ponto que me agradou muito são os personagens. Sherry é corajosa porque ela
acredita que é assim que tem que ser, porque é assim que vai conseguir ajudar,
mas seu pavor com toda aquela loucura está lá e ela não faz questão de
escondê-lo. Joshua, por sua vez, é essencialmente corajoso, quase imprudente
com sua própria segurança na maior parte do tempo, mas também tem seus próprios
demônios o atormentando.
Como
há pelo menos mais um livro para ser lançado, seu final é um tanto vago com
relação a uma das questões mais importantes da história: o que é essa raiva que
criou a mutação da natureza humana? Mas, isso não é um empecilho, apenas só
mais um motivo para esperar ansiosamente pela continuação dessa história.
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