Todo Dia

08:30 Josy Alves 1 Commentários

Título Original: Every Day
Autor: David Levithan
Tradutora: Ana Resende
ISBN: 978-85-01-09951-8
Gênero: Ficção americana, literatura juvenil, romance
Páginas: 280
Editora: Galera Record
Nota:  5/5
Estante: Skoob 
Onde comprar: Saraiva Cultura Submarino 





Sinopse: Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.
  
Comentários:
Olá, anjinhos!
Nosso livro de hoje é de um autor pela qual estou realmente encantada e que posso afirmar com toda a certeza de que é um dos melhores livros que li esse ano. Estou falando de “Todo Dia”, de David Levithan.


Conheci o trabalho do autor em “Will & Will – Um nome, Um destino” (resenha que pode ser lida aqui) e me encantei com sua escrita. Porém, em “Todo Dia” essa admiração por seu trabalho aumentou exponencialmente com sua “visão de mundo” idêntica a que eu mesma acredito.

E devo dizer que isso é um ponto importante a ser comentado antes iniciar de fato esta resenha, pois, em seus livros, é nítido que Levithan geralmente trabalha romances entre indivíduos. Um casal de garotos/garotas ou um casal convencional, não importa. Ele não se limita.

Então, com isso dito, vamos ao livro. Logo nas primeiras páginas da história conhecemos nosso personagem principal e seu estranho modo de viver. Todas as manhãs, a cada novo despertar, A é uma pessoa diferente. Ou melhor, continua sendo apenas A, mas por 24 horas é um corpo diferente. Garoto ou garota, alto ou baixo, gordo ou magro, bom ou mau. Um novo dia sempre significa um novo corpo.

Sempre.

A não faz ideia do porque é assim e depois de um tempo simplesmente deixou de se preocupar em entender, em pensar se fazia sentido ou não. Ao contrário do que se possa imaginar, ele não sofre com essa situação, acostumou-se com ela e se conformou com o fato irrefutável de que existe no mundo e que o presente é sua vida. Sem um passado para se recordar, sem um futuro com o qual esperar. Claro que, quando mais jovem, não pensava desta forma e cada separação era dolorosa, mas aprendeu a viver o lado bom de sua vida.

O livro começa no dia 5.994. Um dia em que A desperta no corpo de Justin e uma de suas primeiras impressões é a de que não será um de seus dias favoritos. Aos pouco vamos descobrindo esse novo corpo junto com A, seus os métodos para se adaptar, os acessos às memórias do corpo para informações básicas ou essenciais. E o que parecia ser apenas mais um dia comum em sua vida é apenas o início da guinada que acontece ao conhecer a namorada de seu hospedeiro, Rhiannon.

A é uma pessoa essencialmente boa, que faz o possível para evitar maiores e significativas interferências em cada corpo que habita.  Ou ao menos era até se apaixonar e tentar a cada 24 horas se encontrar novamente com Rhiannon em seu novo corpo, algumas vezes ignorando completamente a programação deste corpo, e fazer dar certo este inesperado relacionamento que surge ao mesmo tempo em que se vê obrigado a lidar temporariamente com os problemas e dramas próprios de cada nova vida.

Um ponto legal de se ressaltar é que A se tornou tão adaptável devido a essa condição que aos poucos vemos que é difícil determinar de fato um gênero para ele. Conhecemos de início uma faceta masculina, ao menos essa é a impressão passada, mas com o desenrolar dos fatos a minha concepção sobre o personagem mudou. Ainda que use o pronome masculino, eu particularmente não consigo defini-lo. A é simplesmente A; é único.

Com uma história envolvente, “Todo Dia” aos poucos vai explorando o mundo adolescente de uma forma única e, como dito por Jodi Picoult na capa do livro, dolorosamente honesta. Vemos sob uma nova percepção situações que, de tão corriqueiras, acabam por passar despercebidas aos nossos olhos. É um ótimo livro para se refletir atitudes e conceitos, desde valores morais à forma como encaramos o amor.




Curiosidade: “Six Earlier Days” é um prequel da história, disponível apenas no formato de e-book, onde podemos ver um pouco mais de A em seis dias aleatórios antes do dia 5.994, início de “Todo Dia”.









Um comentário:

  1. Ei Josy

    Este está em cada na fila, preciso ler logo, porque está todo mundo elogiando tanto!!

    bjs

    ResponderExcluir