A Queda de Lúcifer

08:30 Daniele Vintecinco 0 Commentários

Título Original: The Fall of Lucifer
Autor: Wendy Alec
Tradutor: Marcello Borges
ISBN: 978-85-64850-53-8
Gênero: Ficção fantástica
Páginas: 301
Editora: Jangada
Nota: 1/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino





Sinopse:Livro 01 - Wendy AlecUm épico arrasador, ambientado em palácios celestiais opulentos e mundos infernais aterrorizantes, A Queda de Lúcifer conta uma epopeia mais antiga que o próprio universo, sobre demônios e anjos guerreiros, sobre amor obsessivo, traição e um mal antigo que não conhece limites. O próprio universo será abalado por uma guerra entre três irmãos angelicais – Miguel, Gabriel e Lúcifer. Uma guerra travada pelo maior prêmio do universo: a raça humana.


Comentários:

Buon giorno Angels, estou aqui para fazer minha primeira participação no blog da minha irmã loira, e começo falando sobre A Queda de Lúcifer, de Wendy Alec. Antes de começar quero dizer que a resenha não tem bases religiosas ou filosóficas, apenas literárias.

Quando vi o título e a sinopse desse livro fiquei bem empolgada, achei mesmo que seria um épico angelical, algo com muitas batalhas e ação usando de fundo uma das histórias mais conhecidas e com vários elementos a serem tratados. A história dos irmãos angelicais – Lúcifer, Miguel e Gabriel e como um deles acabou sendo renegado e expulso do paraíso. Mas não foi bem assim.
Ao iniciar a leitura uma das barreiras que encontrei foi o estilo da escrita de Wendy Alec, a história é linear (há apenas um pequeno flash back no início e depois a narrativa transcorre normalmente), em terceira pessoa alternando o foco narrativo entre os personagens, mas o que me incomodou foi seu estilo descritivo, e não apenas pelo excesso de descrições, mas principalmente pelo excesso de repetições das mesmas, por exemplo, ela descreve Lúcifer como um anjo belo e de longos cabelos negros que emolduram sua linda face, e ela repete essa descrição com pequenas variantes durante boa parte do livro e isso a autora reproduz com os demais personagens, parece que Wendy está tentando forçar essas características, reforçar o que ela quer que o leitor imagine e não deixar a narrativa fluir naturalmente, o excesso de descrição chegou ao ponto de interferir muito no ritmo da minha leitura.
Outro ponto que não me agradou muito foi o rumo que a história acabou tomando, eu que esperava um grande épico acabei encontrando uma narrativa mais parada, cheia de diálogos e explicações de fatos, momentos em que o narrador ou um dos personagens vai explicar algum fato e essas explicações se prolongam ou têm muito rodeio sobre um evento que poderia ser simplificado. Um elemento utilizado que não me ganhou foi o recurso de usar explicações cientificas para o surgimento dos homens, da terra entre outros, senti que não cabia na história além de serem muito extensas e para um leigo ficam meio perdidas na narrativa.
Os personagens foram trabalhados de forma um tanto quanto plana, apesar de a escritora ser bem descritiva, ela se apega a características físicas e materiais e os conflitos psicológicos são abordados, mas não aprofundados. O conflito que Lúcifer sente ao renegar seu lugar no paraíso e ao lado de seu criador poderia ser bem aprofundado, porém a autora não explora isso e muitas vezes a confusão de Lúcifer é vista pelo ponto de vista de outros personagens, o que não permite mostrar a linha de raciocínio completa do anjo caído.
Para finalizar, na própria capa diz que era um livro de fantasia e na sinopse que era um épico, com isso imaginei uma liberdade maior na narrativa, usando sim as bases já trabalhadas da história original, mas longe do toque religioso e senti justamente o contrário, senti que Wendy inovou pouco e que há uma boa quantidade de influência religiosa.

“Miguel, príncipe-chefe e sagrado comandante das hostes angelicais de Jeová, instituído de valor, honra e poder. Miguel, o guerreiro. Gabriel, o revelador – o príncipe mais jovem, repleto de sabedoria e de justiça, e prestes a ser consagrado. E o mais velho dos três irmãos, o mais adorado do céu, Lúcifer, o portador da luz, príncipe regente e vice-rei de Jeová. Seu trono perdia apenas para o trono real do próprio Jeová. Lúcifer, repleto de sabedoria e magnânimo em sua beleza. O que brilha” pág. 24/25


            Espero que tenham gostado e até a próxima!


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