A Queda de Lúcifer
Título Original: The Fall of
Lucifer
Autor: Wendy Alec
Tradutor: Marcello Borges
ISBN: 978-85-64850-53-8
Gênero: Ficção fantástica
Páginas: 301
Editora: Jangada
Nota: 1/5
Estante: Skoob
Sinopse:Livro 01 - Wendy AlecUm épico arrasador, ambientado em palácios celestiais opulentos e mundos infernais aterrorizantes, A Queda de Lúcifer conta uma epopeia mais antiga que o próprio universo, sobre demônios e anjos guerreiros, sobre amor obsessivo, traição e um mal antigo que não conhece limites. O próprio universo será abalado por uma guerra entre três irmãos angelicais – Miguel, Gabriel e Lúcifer. Uma guerra travada pelo maior prêmio do universo: a raça humana.
Comentários:
Buon
giorno Angels, estou aqui para fazer minha primeira participação no blog da
minha irmã loira, e começo falando sobre A
Queda de Lúcifer, de Wendy Alec. Antes de começar quero dizer que a resenha
não tem bases religiosas ou filosóficas, apenas literárias.
Quando
vi o título e a sinopse desse livro fiquei bem empolgada, achei mesmo que seria
um épico angelical, algo com muitas batalhas e ação usando de fundo uma das
histórias mais conhecidas e com vários elementos a serem tratados. A história
dos irmãos angelicais – Lúcifer, Miguel e Gabriel e como um deles acabou sendo
renegado e expulso do paraíso. Mas não foi bem assim.
Ao
iniciar a leitura uma das barreiras que encontrei foi o estilo da escrita de
Wendy Alec, a história é linear (há apenas um pequeno flash back no início e
depois a narrativa transcorre normalmente), em terceira pessoa alternando o
foco narrativo entre os personagens, mas o que me incomodou foi seu estilo
descritivo, e não apenas pelo excesso de descrições, mas principalmente pelo
excesso de repetições das mesmas, por exemplo, ela descreve Lúcifer como um
anjo belo e de longos cabelos negros que emolduram sua linda
face, e ela repete essa descrição com pequenas variantes
durante boa parte do livro e isso a autora reproduz com os
demais personagens, parece que Wendy está tentando forçar essas
características, reforçar o que ela quer que o leitor imagine e não deixar a
narrativa fluir naturalmente, o excesso de descrição chegou ao ponto de
interferir muito no ritmo da minha leitura.
Outro
ponto que não me agradou muito foi o rumo que a história acabou tomando, eu que
esperava um grande épico acabei encontrando uma narrativa mais parada, cheia de
diálogos e explicações de fatos, momentos em que o narrador ou um dos
personagens vai explicar algum fato e essas explicações se prolongam ou têm
muito rodeio sobre um evento que poderia ser simplificado. Um elemento
utilizado que não me ganhou foi o recurso de usar explicações cientificas para
o surgimento dos homens, da terra entre outros, senti que não cabia na história
além de serem muito extensas e para um leigo ficam meio perdidas na narrativa.
Os
personagens foram trabalhados de forma um tanto quanto plana, apesar de a
escritora ser bem descritiva, ela se apega a características físicas e
materiais e os conflitos psicológicos são abordados, mas não aprofundados. O
conflito que Lúcifer sente ao renegar seu lugar no paraíso e ao lado de seu
criador poderia ser bem aprofundado, porém a autora não explora isso e muitas
vezes a confusão de Lúcifer é vista pelo ponto de vista de outros personagens,
o que não permite mostrar a linha de raciocínio completa do anjo caído.
Para
finalizar, na própria capa diz que era um livro de fantasia e na sinopse que
era um épico, com isso imaginei uma liberdade maior na narrativa, usando sim as
bases já trabalhadas da história original, mas longe do toque religioso e senti
justamente o contrário, senti que Wendy inovou pouco e que há uma boa
quantidade de influência religiosa.
“Miguel, príncipe-chefe e
sagrado comandante das hostes angelicais de Jeová, instituído de valor, honra e
poder. Miguel, o guerreiro. Gabriel, o revelador – o príncipe mais jovem,
repleto de sabedoria e de justiça, e prestes a ser consagrado. E o mais velho
dos três irmãos, o mais adorado do céu, Lúcifer, o portador da luz, príncipe
regente e vice-rei de Jeová. Seu trono perdia apenas para o trono real do
próprio Jeová. Lúcifer, repleto de sabedoria e magnânimo em sua beleza. O que
brilha” pág. 24/25
Espero que tenham gostado e até a próxima!
0 comentários: