Resenha: A Casa da Mãe Joana

08:00 Lu 0 Commentários

Olá, meus queridos, tudo bem? 



Hoje vou falar de um livro que comprei porque achei interessante a entrevista do autor no Programa do Jô. Mas fui procurar o link do vídeo pra postar aqui e não encontrei... vai ver que foi quando o Jô ainda não estava na Globo.





Autor: Reinaldo Pimenta
ISBN: 978-85-352-1051-4
Gênero: Língua Portuguesa - Etimologia
Páginas: 262
Editora:  Campus
Nota: 2/5
Estante: Skoob









Sinopse: A história das palavras é a história do homem. Elas nascem e atravessam idiomas, mudando quase sempre na forma - para se adaptarem à fala de um povo - e muitas vezes no conteúdo - revelando o olhar e o pensar dos novos usuários. 
A Casa da Mãe Joana é uma coleção de origens curiosas de palavras, frases e marcas. O livro tem como objetivo divertir informando. Por isso, o critério da seleção foi a etimologia-surpresa. Não há nada de surpreendente na origem das palavras cavalo (do latim caballu) e chuva (do latim pluvia). Mas, se alguém disser ´Pode tirar o cavalo da chuva!´, eis um caso de etimologia-surpresa.


Comentários: Como fiz Letras, sempre me interessei por leitura e pela origem das palavras. Mas confesso que achei esse livro bem chatinho de ler. Ele foi escrito em formato de dicionário, assim você pode achar mais fácil a palavra que quer pesquisar, por isso a leitura fica bem cansativa se você quiser ir do A pro Z na sequência. O autor faz várias piadas no meio do texto e isso me deixou ressabiada se a origem do termo é realmente a que ele diz ou se tudo não passa de uma brincadeira. 
Por exemplo, ao explicar a origem de meia-tigela, que significa sem valor, insignificante, ele faz a piadinha de que na época da monarquia não existia vale-refeição, então o povo era alimentado no local de trabalho, de acordo com as porções prescritas num livro, quem era importante comia a tigela inteira e quem não era, só meia tigela. Essa explicação é plausível, dá pra acreditar.
Já sem eira nem beira ele explica que era uma área nas proximidades das casas das aldeias portuguesas onde se estendiam legumes e cereais, era sinal de prosperidade. Quem era pobre não tinha eira nem mesmo sua beira... bem, em Porto Seguro, na visita guiada ao centrinho histórico, o guia explicou que eira era uma parte do telhado da casa, quem era mais rico ainda tinha duas partes, a eira e a beira e quem era muito mais rico tinha até a tribeira... enfim, pesquisando na internet, achei os dois tipos de explicação, a da área de alimentos e a da arquitetura. Qual será mesmo a correta?
Óbvio que acredito que o autor tenha feito uma extensa pesquisa para falar de etimologia e que na internet tem muita coisa que escrevem sem fundamentação teórica, mas mesmo assim, achei que as piadinhas nos verbetes meio que tirou a credibilidade da pesquisa. Piada funciona melhor ao vivo, por escrito não tem a mesma graça.

Tinha a expectativa de que esse livro seria bem mais interessante e com uma leitura mais fácil, mas acho que a forma de escrever do autor me decepcionou. Não recomendaria, a não ser que você não tenha mais nenhum outro livro para ler.

Um beijão e até a próxima!

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