Como Viver Eternamente
Título Original: Ways to
live forever
Autor: Sally Nicholls
Tradutor: Alexandre Lidia Lether
ISBN: 978-85-6150-100-6
Gênero: Sic-lit – Literatura inglesa
Páginas: 232
Editora: Geração
Nota: 5/5
Estante: Skoob
Sinopse:Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.
Comentários:
Esse
livro veio em parceria com a Geração Editorial e eu estava esperando um momento
oportuno para ler, pois como não estou acostumada com a leitura sic-lit, não
queria chorar desesperadamente como aconteceu com Primeiro Amor.
Mas
posso falar que chorei bem menos. A narrativa de Sally Nicholls é deliciosa. Ela
nos apresenta Sam e Félix, duas crianças com câncer. Nosso protagonista Sam tem
leucemia.
Aqui as
crianças têm aulas em casa, pois estão com a saúde debilitada depois de quimios
e remédios e não é nada agradável ficar careca e ir pra escola, possivelmente
pegando mais doenças. Só que Félix não gosta. Ele diz que “como estou morrendo,
de que vai me adiantar ir à escola?”, mas ele vai. As aulas sempre acontecem na
casa de Sam. E a professora a Sra. Willis tenta distraí-los como pode.
Explodindo coisas, fazendo vulcões, lendo e fazendo com que e eles escrevessem.
E
partindo dessa premissa, Sam começa a escrever seu livro. Portanto nossa
leitura é a vida de Sam, narrada por ele. O que, acredito eu, fica mais leve e
mais gostoso de ver. Chorei e utilizei o presentinho que veio com o livro. Não
chorei muito como imaginava que seria, acho que por estar mais consciente. Toda
vez que tem crianças nas histórias eu me emociono e muito.
Imagina
uma família que tenta fazer com que tudo esteja bem. Uma mãe que se preocupa
demais, um pai que finge que a doença não existe e uma irmã que adoraria ficar
em casa o dia todo. Essa doença é triste. Ele se pergunta por que crianças tem
que morrer. Infelizmente, eu não sei a resposta. Ele coloca uma historinha
inventada que os médicos conseguem descobrir a cura para a leucemia e que todos
os ratinhos sobreviveram e que ele seria rico e viajaria em um cruzeiro com a
família. Só que isso era somente um sonho.
Infelizmente
muitas pessoas morrem por causa dessa doença. Só aqui em casa foram três
membros da minha família por causa do câncer. Dói, claro. Mas nos lembramos
deles com carinho.
Nicholls
traduz uma doença mortal de forma limpa e bonita, onde crianças falam de suas
experiências, seus desejos e seu dia a dia de forma simples e transparente.
Os meninos
fazem listas do que querem fazer, como beijar uma garota, beber, fumar, andar
de dirigível, ir a lua.
Existem
perguntas que Sam coloca como as impossíveis de serem respondidas. Como por
exemplo: como você sabe que morreu? Ou Para onde vamos quando morremos?
As pessoas
não querem falar sobre a doença achando que se não falar ela some, infelizmente
não é assim que funciona. A medicina mesmo estando avançada, não chegamos a conclusões
de como findar isso. O que podemos fazer é prolongar a vida da pessoa. Como o
que aconteceu com Sam, o dr. Bill disse que com as novas drogas ele poderia
viver pelo menos 1 ano.
Sally
conta as inseguranças das crianças de forma magistral. Eu realmente senti estar
lendo algo escrito por um menino de 11 anos. E não por uma autora maior de
idade já. A voz que ela emprega é carregada de esperança e ternura. Tristeza e
raiva. Amor e desilusão.
O ritmo
de leitura é bom, não é parado e não te faz ir muito afoito. Parece que os
meses que foram descritos aqui passaram rápido até. Me diverti muito com eles descendo na neve. Adoraria fazer
isso, mas infelizmente aqui em São Paulo não neva rsrs
Esse livro
é um presente muito bom para dar no dia das mães, portanto fica a dica! ;)




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