Kate Morton - A Casa do Lago
Oi gente bonita! Como vocês
estão? Sei que estou sumida... ando meio desanimada com as leituras, massssss
eu me propus fazer e cá estou!
Este livro foi o escolhido do
Clube do Livro no mês de agosto e posso dizer que me decepcionei com o final.
Gente esse livro tinha tudo para ser. Contudo, todavia e no entanto... pra mim
não foi.
“Ah, Milena... mas o que
exatamente você não gostou?”
Gente eu curti o drama, isso
foi um ponto mega positivo. O enredo de mudança de tempo, também gosto disso.
Porém a forma como Morton finalizou... isso me irritou um pouco.
Mas vamos conhecer um pouco do enredo? Do que fala exatamente este livro?
O livro começa com uma cena em
Cornualha, mais precisamente em agosto de 1933. Com uma mulher enterrando uma
caixa. Só que não sabemos o que tinha nesta caixa e muito menos quem era essa
mulher. Apenas sabemos que, a mulher em questão estava muito, mas muito arrependida:
“Quando aconteceu pela primeira vez, ela cogitou confessar e, talvez, no início, devesse mesmo ter feito isso. Mas perdeu a oportunidade e agora era tarde demais. Muita coisa havia acontecido: as buscas, os policiais, os artigos nos jornais implorando por informações. Não havia ninguém a quem ela pudesse contar, nenhuma forma de consertar aquilo, nenhuma chance de um dia a perdoarem. A única saída era enterrar a prova.” (pág. 5)
Mistério! Essa parte é muito
boa. Sério! Este mistério estava irritante de tão bom.
Continuamos em Cornualha com a
apresentação da família Evedane. Aqui conhecemos todas as personagens da trama
antiga.
Loeanneth é a propriedade que
se passa a trama. Foi a propriedade DeShiel por anos até Henri Edevane
comprá-lo para sua esposa, Eleanor Edevane. Henri e Eleanor tiveram três meninas
Deborah, Alice e Clementine. E um menino Theo que infelizmente sumiu na noite
da festa que Eleanor e Henri davam anualmente.
A casa já teve duas babás. A
babá Rose uma mulher jovem que era muito atenta, ajudava na criação das meninas
e ficava com o pequeno menino sempre. E a
velha babá Bruen, uma senhora severa que a vovó DeShiel adorava, mas as meninas
não.
Benjamin Munro um faz tudo foi
contratado para ajudar no jardim e Alice se apaixonou por ele. Imagina uma
menina de 16 anos vendo um homem robusto, lindo e muito gentil... ela queria
ele para ela.
Alice adora escrever, seu pai
sempre lhe dera um caderno por ano. Lá ela começou a escrever seus livros. Sim!
Alice queria ser uma escritora de romances policiais. E não só uma escritora
boa, mas a melhor! E ela fez uma história magnífica. Só que era segredo... por
enquanto.
E a família DeShiel sempre
fazia festas na mansão Loeanneth, vovó DeShiel adorava isso. E sua filha,
Eleanor, manteve a tradição. Por mais que ela não fosse aficionada por estas festas...
Eleanor manteve isso vivo até que... nesta fatídica última festa o bebê Theo
sumiu. Como? Ninguém sabe. Só que também houve uma morte. Llewellyn foi o médico
da família, ele colocou Eleanor no mundo, mas devido um problema jamais voltou
a medicar, virou pintor e fazia obras excelentes. Infelizmente ele faleceu
nesta mesma noite.
INTERVENÇÃO: Bem... nesta festa perdemos três personagens cativantes. O bebê Theo, fofucho... muito apegado a Clementine (a filha mais nova). O sr. Llewellyn que morreu de forma súbita. E Ben Munro que foi embora (seu contrato tinha acabado) para a desolação de Alice.
Agora vamos para o tempo recente.
E é aqui que conhecemos a Sadie Sparrow, seu avô Berni e o tempo atual. Sadie é
uma policial de Londres. Que “acidentalmente” deixa escapar para o repórter Derek
Maitland que a mãe não fugiu. Que “fontes acreditam que esteja morta”. O caso
Bailey. Este caso consiste em uma menininha que passou três dias sozinha em um
apartamento enquanto sua mãe sumira. Contudo Sadie não acreditava nisso. Pois a
mãe era uma mulher zelosa que jamais iria deixar sua bebê. Até a avó da criança acreditava que sua filha
deveria estar morta, nunca acreditou na teoria do pai da menina que ele disse
ser louca e com certeza a tinha abandonado para estar com um cara qualquer. E ele
criaria sua filha com atual esposa e a criança seria muito bem cuidada.
Mas como a policial não acreditou
que a mãe tinha sumido deixou escapar algumas informações para a mídia. E claro...
foi convidada a tirar uma férias forçadas até que tudo se resolvesse. Donald,
seu parceiro, a orientou para que ela realmente viajasse e parasse de conversar
com a avó da menina.
Sadie realmente viajou, foi
para a Cornualha visitar seu avô Bernie. Após a morte de sua esposa resolveu ir
para o interior e curtir o resto de sua vida. E Sadie a contragosto foi passar
as “férias” com ele.
Berni e sua esposa abrigaram
Sadie quando ela engravidou logo adolescente, seus avós receberam uma adolescente
cheia de raiva, dúvidas e incertezas. Mas trataram com muito amor. Infelizmente
Sadie não ficou com a criança. E isto seria mais um prego no caixão emocional
dela. Pois o passado sempre nos acha, não é mesmo?
Para aplacar a raiva que sentia
de si mesma por ter falado com a imprensa e de ser acusada, diga-se de passagem...
muito corretamente, por seus superiores por ter passado informações que não deveria,
Sadie foi correr com os cachorros do avô, Ash e Ramsay. Essas corridas faziam
bem para ela. E numa dessas escapadas um dos cachorros encontrou uma
propriedade no meio do nada. Loeanneth.
“De certa forma – a tampa aberta do piano, as almofadas do sofá remexidas, a xícara de chá sobre a mesa –, a sala dava impressão de que quem tinha morado ali acabara de sair e voltaria a qualquer momento. Mas ao mesmo tempo, existia uma quietude misteriosa, de certo modo permanente, sobre o mundo do outro lado do vidro. A sala parecia congelada, o conteúdo suspenso, como se até o ar, o mais implacável de todos os elementos, tivesse sido fechado do lado de fora, como se fosse difícil respirar ali dentro. Havia algo mais também. Algo que sugeria que a sala estava assim havia muito tempo.” (págs. 36-37)
Quando retornou para sua casa, contou
ao avô sobre a propriedade e percebeu que tinha uma amiga dele em casa. Ela
falou com quem Sadie poderia conversar sobre a propriedade e lá foi ela para...
A biblioteca! Rá! Um local que se
encontra de tudo!!!
Pois bem, lá foi a Sadie
descobrir o que aconteceu para uma casa linda estar totalmente abandonada. E claro...
o crime. Sim! Sadie vai tentar entender o que aconteceu com o bebê Theo e para
isso entra em contato com Alice Edevane, a escritora mega famosa e super
reclusa.
Alice tinha um assistente. Peter. Ele era excelente. Fazia tudo o que ela
mandava, não reclamava. Foi o primeiro e único assistente de Alice. E foi ele
que recebeu a carta da detetive Sadie Sparrow sobre a casa do lago. E claro que
ficou com uma pulguinha atrás da orelha, pois como estava atualizando a página
da autora precisava de algumas informações que Alice não daria, então uniu o
útil com o seu grande trabalho de pesquisa. Alice depois de muito pensar aceita
se encontrar com a detetive.
Ai já pode imaginar o que
acontece né? Não vou revelar mais. Se gostou do mistério até aqui convido você a
ler a obra. É muito bem trabalhada. Mas não espere um final espetacular. Isso não
tem. Tudo é respondido.
O caso Bailey. O caso Theo. A mulher
misteriosa enterrando uma caixa. O bebê que Sadie entregou para doação. Tudo será
respondido e isso me deixou muito feliz. Kate Morton não deixou arestas. A trama
é bem intrincada e isso me deixou muito feliz. Só esperava outro final. Mas é
isso. Espero que tenham curtido e a próxima leitura para o Clube do Livro é o
novo livro da Leigh Bardugo “Mulher Maravilha – sementes da guerra”.
Beijinhos e até a próxima!
SERVIÇO:
Título: The
Lake House
Autor: Kate Morton
Tradutor: Rachel Agavino
ISBN: 978-85-8042-728-9
Assunto: Literatura ficção
australiana
Páginas: 431 (e-book)
Editora: Arqueiro
Nota: 3/5
Sinopse: A casa da família Edevane está pronta para a aguardada festa do solstício de 1933. Alice, uma jovem e promissora escritora, tem ainda mais motivos para comemorar: ela não só criou um desfecho surpreendente para seu primeiro livro como está secretamente apaixonada. Porém, à meia-noite, enquanto os fogos de artifício iluminam o céu, os Edevanes sofrem uma perda devastadora que os leva a deixar a mansão para sempre.
Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros.
A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir. Em A Casa do Lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.
Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros.
A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir. Em A Casa do Lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.
Oi, Milena.
ResponderExcluirQue pena que não se deu tão bem com esse livro!
Eu achei perfeita a forma como a autora estruturou toda a trama e adorei!
beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva