Tipo Destino

22:32 Unknown 1 Commentários


Título Original: Something Like Fate
Autor: Susane Colasanti
Tradutor: Ana Lucia Guilherme Rodrigues
ISBN: 978-85-8163-261-2
Gênero: Ficção Norte-Americana
Páginas: 288
Editora: Novo Conceito
Nota: 3,5/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino








Sinopse: Quando você encontra sua alma gêmea, acontece uma conexão imediata. Uma coisa que você não vai conseguir explicar... Mas que também não vai conseguir negar.

Lani e Erin são melhores amigas, embora não tenham muito a ver uma com a outra. Lani é uma taurina tranquila e Erin é a impetuosa leonina. Uma adora Astrologia (e outras artes adivinhatórias também) e ficar em casa; a outra gosta de pessoas e baladas. Suas preferências – incluindo pizzas e meninos – são bastante diferentes, ou eram, até que Erin começou a namorar Jason...
Assim que Lani conheceu o namorado de Erin, sentiu uma enorme conexão com ele. Uma sensação de que já se conheciam a vida toda. E, apesar de acreditar que ele sentia o mesmo, ela sempre soube que Jason estava fora de cogitação, afinal, ele era quem ele era!
Ela decidiu ignorar seus sentimentos. Não importava o quanto quisesse ficar perto de Jason, nada a demoveria de ideia de se manter distante dele.
Então, Erin viajou durante todo o verão...



Comentários:

Bonjour Anges!!

A resenha de hoje me fez rir um pouco, afinal, foi com outro livro da mesma autora que estreei a nossa “Pilha do Anjo”. Foi tão nostálgico lembrar a primeira pilha de livros que a Anjinho Milena me proporcionou (e que ainda há alguns deles para ser lidos). Então, seguindo o exemplo da minha primeira aparição, vamos falar sobre romance adolescente.


Susane Colasanti é expert em abordar os temas juvenis universais. Ela constrói com maestria o universo jovem e trabalha bem com os sentimentos em expansão, a mudança hormonal que deixa a todos loucos, o medo da vida adulta.

A protagonista da vez é a Lani, uma taurina nascida no dia 5 de maio, louca por Astrologia, ativista ativa tentando desesperadamente ajudar o planeta, uma garota caseira, tranquila. Em um primeiro momento, devo confessar, achei que iria detestar a personagem. Por quê? Bem, digamos que seja um trauma pessoal, afinal, uma taurina nascida no dia 6 de maio já me fez tanto mal que eu simplesmente fujo desse signo (sim, a Eri aqui também curte bastante a Astrologia, não como a Lani, sou BEM mais light nesse assunto).

Mas, voltando ao assunto principal, Lani é uma personagem cativante. Tem como amigos mais próximos Erin e Blake. Esse é um trio interessante. Erin é uma leonina típica, é bem badalada, gosta de crianças, é popular e sempre está cercada por todos, faz parte do “Circulo de Ouro” do colégio (os que não são tão populares quanto os atletas, mas que todos adoram). Já Blake, é um garoto capricorniano mais calmo e, muito mais próximo de Lani, sendo seu confidente.

Para falar a mais pura verdade logo do inicio, Lani percebe que sua amizade com Erin está meio abalada. Há algum tempo ela vem percebendo que já não tem muita coisa em comum com sua melhor amiga e tem lentamente se afastado, mesmo que não seja intencionalmente. E quando Erin conta que está apaixonada, Lani percebe que está sendo jogada lentamente para fora da vida da amiga e tenta de qualquer forma restaurar esse laço.

Você deve estar se perguntando o motivo para que Lani não siga seu caminho de uma vez, bem isso é simples: quando as duas garotas eram mais jovens sofreram um acidente de carro, onde, em um dia de tempestade a mãe da Erin perdeu a direção e o carro onde estavam caiu no lago. Se não fosse pela rapidez e calma de Erin, Lani teria se afogado. E a cicatriz que Lani leva na testa não a deixa esquecer a importância de Erin em sua vida.

Dessa forma, Lani tenta de todas as formas manter o laço entre Erin e ela intacto, mas ao conhecer Jason, o garoto por quem a amiga está apaixonada é impossível negar a química imediata.

Lani tentou se enganar de que só queria a amizade de Jason, mas a cada instante descobria que tinha TUDO a ver com o garoto, desde o pôster de O Pequeno Príncipe até o parquinho onde brincavam quando pequenos. Era inegável o dedo do destino a uni-los. A única coisa que mantinha Lani centrada em se afastar do rapaz era o fato dele namorar Erin.

E então, o destino dá mais um empurrãozinho e Erin vai viajar por dois meses, para ser treinada em um acampamento, para ser monitora de crianças menores. E nesse meio tempo, estar com Jason acaba fazendo com que o clima entre os dois se torne mais intenso, até que seja impossível fugir desse sentimento.

E aí, entra o motivo de uma grande crise existencial: a quem Lani deve ser leal? Ela deve pensar em si mesma ou pensar na amiga que lhe salvou a vida? O que vale mais, o amor verdadeiro ou uma amizade de anos?

Com esse enredo, Susane Colasanti explora todo um universo de possibilidades, mostrando aos jovens que sempre há outras escolhas, outros caminhos a seguir. A autora trabalha muito com a mágoa da traição, seja ela entre amigos ou namorados.

Mas, não apenas o romance está em foco, uma das coisas que é mais marcante no texto é o Bullying sofrido tanto por Lani quanto por Blake e como isso pode ser cruel e desestruturar toda uma vida.

Um personagem que chama muito a atenção por sua fofura e meiguice é Connor, um canadense que no decorrer da historia vai tendo uma importância gigantesca para o rumo que as coisas tomam.

Se comparado com “Bem Mais Perto”, o outro livro da autora, “Tipo Destino” mostra um texto mais encorpado e melhor trabalhado, apesar de seu final também dar o sentido de ser aberto.

Pra quem curte um bom romance juvenil e um jogo intenso entre lealdade e amizade, “Tipo Destino” é um prato cheio com sua narrativa leve e envolvente. Mais um que recomendo com segurança.


Um comentário:

  1. Ando fugindo de problemas da adolescência e esses dois livros estão lá pelo meio da fila, mas quando me der na telha e eu quiser algo do estilo, já sei que esse é uma boa pedida!

    Beijos!

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