A Culpa é das Estrelas - Eri
Título Original: The Fault In Our
Stars
Autor: John Green
Tradutor: Renata
Pettengill
ISBN: 978-85-8057-226-1
Gênero: Ficção Americana
Páginas: 288
Nota: 5/5
Estante: Skoob
Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante – o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -. O último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno finito das páginas em branco de suas vidas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e tragédia que é viver e amar.
Comentários:
Bonjour Anges!!
Hoje trago uma das
leituras mais lindas e sensíveis da nossa “Pilha do Anjo” até agora. Não é um
livro tão recente, afinal, foi lançado na ultima Bienal do Livro de São Paulo
em 2012, que foi quando o comprei, mas só agora tive coragem de lê-lo.
A Culpas é das Estrelas
ou ACEDE como os fãs o chama, é uma história densa, com um conteúdo pesado e
deprimente escrito magnificamente com uma narrativa envolvente.
No livro conhecemos
Hazel Grace Lancaster, uma garota de dezesseis anos que aos doze descobriu um
câncer na tireoide que teve metástase nos pulmões. Já sabendo que esse câncer
não terá uma cura, faz tratamento paliativo com Falanxifor e é dependendo de
oxigênio para se manter.
Em um grupo de apoio
ela conhece o Augustus Waters, ou simplesmente Gus, que tem dezessete anos e
teve osteossarcoma e teve que amputar uma das pernas.
Esses dois não poderiam
ser mais diferentes, mas justamente essas diferenças que os uniu e, juntos com
o amigo em comum deles – Isaac, que teve um câncer ocular e perdeu um dos olhos
– protagonizam essa história.
Como o próprio John
Green fala esse não é um simples livro sobre o câncer, mas uma história de
amizade, amor, coragem e principalmente de esperança. E é fato, esse livro é
regado de MUITO humor negro e sarcasmo.
Hazel é a narradora e é
através dela que os sentimentos de todos são filtrados. Já ouvi muita gente
reclamando dessa personagem, mas eu, particularmente, me identifiquei muito com
ela. Pensamos do mesmo jeito. A loira que agora vos resenha nesse momento já
passou por um grave problema de saúde, que graças aos céus não chegou na gravidade
de um câncer, mas que me fizeram ter as mesmas duvidas e certezas sobre o mundo
que a Hazel teve. O mau humor constante, a depressão, ter apenas os pais como
amigos, isso molda a pessoa a ferro e fogo e fato, muitas reações que para
outros seriam óbvias, para pessoas que sofrem não são.
Todos acham que pessoas
com doenças graves tem que sempre ser otimista e encarar a luta com uma
esperança e força exacerbada. É claro, acho isso lindo, mas colocado na pratica
é muito complicado. Nem todas as pessoas tem essa força de espirito. E há
sempre o medo, a dor insuportável... E isso sufoca a esperança.
Gus já é o oposto da
Hazel nesse quesito. Sempre tentando animar o amigo e a garota que ele ama,
sempre tentando protege-los, até que ele próprio precisa dessa proteção. Gus é
um espirito livre e essa liberdade traz um novo sopro de vida pra Hazel.
Essa historia de amor é
eterna em sua limitação. Um espaço curto de tempo que parece que levou anos
para acontecer. E que deixou uma marca não apenas nos personagens, mas nos
leitores.
Sério, mal dá para
escrever sobre a história sem que novas lágrimas caiam. Esse livro é muito
sensorial, coloca-los em palavras é extremamente complicado pra mim.
Mal vejo a hora de 06
de junho de 2014 chegar e eu poder ver na telona a adaptação cinematográfica
desse livro. Com Shailene Woodley como Hazel e Ansel Elgort como Gus. Tenho
certeza de que a emoção das páginas se tornará ainda mais palpável visualmente.
Esse é um livro que nos
faz pensar em como vivemos nossa vida e qual é a nossa percepção do universo do
qual fazemos parte. “Viver o nosso melhor hoje” e a mensagem central dessa
história e ela merece ser apreciada, saboreada e absorvida devidamente. Pra mim
ACEDE é uma leitura obrigatória pra todos aqueles que se dizem ótimos leitores,
a mensagem de vida que John Green traz é imperdível!
0 comentários: