Matar Por Prazer

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Título Original: Dying to Please
Autor: Linda Howard
Tradutor: Carolina Caires Coelho
ISBN: 978-85-286-1248-6
Gênero: Romance Americano
Páginas: 350
Editora: Bertrand Brasil
Nota: 5/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino





Sinopse: Leal. Bela. Profissional. Impecavelmente organizada. Potencialmente letal. Sarah Stevens é uma mulher com diversas qualidades.

Acima de qualquer coisa, uma excelente mordoma. Capacitada para administrar a rotina de mansões com destreza e eficiência, Sarah também é guarda-costas, motorista e atiradora experiente, indispensável para o juiz Roberts, um homem gentil e refinado por quem tem profundo respeito.
Até que, certa noite, consegue impedir um assalto na residência do seu patrão, num ato de coragem que rende a ela “quinze minutos de fama” na impressa local. Mas a exposição é o suficiente para atrair a atenção de um perturbado que, sem ela saber, fará qualquer coisa para possuí-la.
A vida perfeitamente ordenada de Sarah é abalada por uma tragédia: o seu querido patrão é brutalmente assassinado. O investigador responsável pelo caso deixa claro que ela não é suspeita. Até que a situação se complica ainda mais. Acontece um segundo assassinato, e dessa vez, apesar da falta de provas a ligando ao crime, Sarah não consegue escapar de se tornar suspeita.
A única opção que lhe resta é seguir com a sua vida. Mas não percebe que um louco obcecado está armando uma grande armadilha... Da qual ela não conseguirá escapar. Desse modo, Sarah logo se encontrará à mercê de um homem que a cobrirá de atenção e cuidados, sufocando-a com sua presença.
Neste suspense eletrizante, Linda Howard nos presenteia com o seu romance mais emocionante. Matar por Prazer é um livro cujo enredo, repleto de desejo e obsessão, é de tirar o fôlego.
Comentários:

Bonjour Anges!!

Hoje é dia de um livro que ganhou cinco estrelas na minha avaliação por ser o maior enganador de todos os séculos. Isso mesmo!! O livro se tornou o meu favorito por me fazer me sentir enganada desde a sua aquisição.
Em mais uma andança pela Avenida Paulista e em mais uma parada em bancas de jornal com promoção de livros por dez reais, eis que a Josy – minha inseparável companheira de aventuras – se depara com um livro de uma série que desejamos muito (Senhores do Submundo – Gena Showalter) e que cada livro sempre está 40 reais ou mais. Encontrar um volume – mesmo que seja o quarto – por apenas dez já é uma baita economia, não? E foi assim que literalmente desmontamos a banca de jornal, tirando todos os livros pra ver se achávamos mais da série.

Não achamos, mas em compensação, eis que me deparei com “Matar por prazer”. E bem, sem nem olhar sinopse já comprei animada, sem nem imaginar que eu estaria QUASE TOTALMENTE enganada. E você deve estar se perguntando o motivo desse quase engano total.

Antes de te responder peço que pare e preste a atenção na capa do livro. Sim, essa coisa rosa, com uma imagem bem sensual de um homem bonito abraçando e dando um leve beijo no ombro da mulher nua. Depois disso, vem o título: “Matar Por Prazer”. E pra completar vem a autora que é famosa por escrever romances da Harlequin (aqueles de banca de jornal que sempre tem resenha aqui de sábado). Então, meu caro Watson, qual é sua conclusão depois de todas essas pistas?

Aposto que você, meu caro leitor, está dizendo que é um livro erótico. Acertei? Agora se prepare para o grande choque: esse livro não é erótico. Isso mesmo que você leu: NÃO é erótico e sim um suspense, um thriller policial.

O motivo do QUASE que usei ao descrever o meu engano é que o livro tem cenas quentes e explicitas, mas que não é o centro do universo da trama, é apenas um acréscimo, mas tudo corre em torno da investigação policial.

Sendo assim, essa é mais uma daquelas resenhas em que quase não falarei da história em si, senão perde toda a graça da leitura. Mas, dentre as coisas que posso falar a primeira é que a Sarah é uma mordoma. Achei isso muito criativo. Ela não é uma simples empregada domestica, ela é realmente uma especialista no assunto, tendo estudado na Inglaterra e tudo o mais. E por ser de uma família de militares e também ser guarda-costas, Sarah é uma protagonista realmente durona, forte. Além de linda e ótima atiradora.

E é justamente essas qualidades que acabam por fazer Sarah receber seus minutos de glória e atrair um psicopata egocêntrico e obcecado por ter tudo o que acha de perfeito no mundo.

A narrativa da autora é deliciosa, rápida e faz com que seja impossível largar o livro. A investigação tem um ritmo gostoso de acompanhar e que atiça a curiosidade e a agonia do suspense, pois mesmo para o leitor é negado a informação de quem é o verdadeiro vilão.

Gostei muito da forma como o romance evoluiu de maneira natural e bem encaixada na historia, sendo um ponto de equilíbrio com as mortes e clima pesado da trama. E gostei mais ainda, pois esse não é um romance meloso, mas daqueles em que ambas as partes estão aprendendo a viver juntos e superar alguns traumas e conflitos internos.

Os personagens também têm suas personalidades bem marcadas e cativantes. Mesmo as que aparecem por pouco tempo são capazes de fazer o leitor se afeiçoar. E o vilão é do jeito que gosto: maluco, alucinado, deturpado, frio e calculista.

Minha paixão absoluta no livro é o Detetive Cahill, um policial extremamente competente, com traumas de um divorcio que o fazem ser ainda mais desconfiado, mas que mesmo assim não esconde o homem vulnerável. Ele é simplesmente encantador com seu jeito totalmente confiante e temeroso.

O final até é previsível, mas mesmo assim, a frieza do vilão e a forma como acontece o desfecho valem a pena. Mais um clichê bem trabalhado.

Mas, as cinco estrelas vão pelo fato de eu me enganar completamente em relação ao gênero. É o famoso caso de julgar um livro pela capa. Dessa vez tive muita sorte e realmente recomendo essa leitura.


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