Eu Te Vejo

07:30 Unknown 1 Commentários


Título Original: Io Ti guardo
Autor: Irene Cao
Tradutor: Aline Leal
ISBN: 978-85-8105-172-7
Gênero: Romance Italiano, Adulto
Páginas: 206
Editora: Suma de Letras
Nota: 3/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino








Sinopse: Uma mulher que não sabe até onde o amor pode levar... Um homem que só conheceu seu lado sombrio...

Elena mora em Veneza, tem 29 anos e ainda não viveu uma grande paixão. Seu mundo é feito de arte e cores, aquelas do afresco que está restaurando. Quando encontra Leonardo, um famoso chef que vem morar no palácio onde trabalha, suas certezas são abaladas: a história recém-iniciada com o carinhosos Filippo, a imagem de si mesma e principalmente sua vida sexual.
Leonardo abre-lhe as portas de um paraíso inexplorado, ele sabe que o prazer é uma conquista para todos os sentidos – tem uma forma, um odor, um sabor. E guiará Elena até os limites mais doces e extremos do sexo, mas sob uma condição: nunca deverá se apaixonar por ele. Elena aceita a proposta e deixa-se seduzir por este homem de passado misterioso, que parece fugir de seu desejo de prendê-lo a ela para sempre.



Comentários:

Bonjour Anges!!

Nessa onda erótica, as editoras começam a explorar outras fontes, outras culturas. E, a Suma das Letras, parceira nossa, começou essa exploração com a trilogia “Peça-me o Que Quiser” da autora Megan Maxwell, essa trilogia trouxe todo fogo espanhol (e o gelo alemão, diga-se de passagem). E agora é a vez de conhecermos uma autora italiana. Então, hoje, na nossa “Pilha do Anjo” conheceremos o primeiro livro da Trilogia Dei Sensi.


Elena Volpe tem 29 anos, é uma moça bonita, vegetariana, abstêmia, formada na escola de Restauro, uma moça tímida, retraída, boa amiga e ouvinte. Se veste confortavelmente e até meio desleixada, tem seu cabelo em corte Channel. Uma pessoa peculiar como todo artista acaba se tornando.

Essa veneziana está em seu primeiro restauro de verdade completamente sozinha, um trabalho de muita responsabilidade e de muito orgulho. Um gigantesco passo dado ao seu sucesso profissional. O afresco no qual está trabalhando foi criado em meados de 1700 e não é assinado, mas é belíssimo, retratando uma clássica cena mitológica: o rapto de Proserpina, no momento em que Plutão, senhor do Inferno, agarra os quadris da deusa que está pegando uma romã às margens de um lago.

E esse afresco fica no palácio quase desabitado que pertence ao conde Jacopo Brandolini. E tudo ia muito bem – apesar de algumas travas ao procurar alguns tons de cores – no trabalho, até que Jacopo avisa Elena sobre a chegada de Leonardo Ferranti, um famoso chef de origem siciliana, que irá trabalhar na abertura do novo elegante restaurante de Brandolini.

Logo de cara Elena se incomoda, afinal, como poderá trabalhar em paz e à vontade tendo outra pessoa zanzando pelo palácio? Mas, a jovem não contava com a beleza e carisma do chef.

Ao mesmo tempo em que Elena conhece Leonardo, Filippo, um amigo da época da faculdade, retorna à Veneza e a forte amizade entre ambos começa a mudar e a se tornar um relacionamento extremamente romântico e fofo. Algo seguro. Algo que combina com sua personalidade mais retraída.

Mas Elena não esperava acabar se tornando alvo do desejo de Leonardo. O homem promove uma verdadeira corrupção do seu corpo, da sua alma e dos seus sentidos. Ele é a personificação de Plutão reivindicando Proserpina. A partir daí somos envolvidos por uma teia de erotismo e sensualidade, na qual Leonardo não promete nada a Elena, e isso envolve fidelidade – ao contrário, ele diz na lata de que haverá outras mulheres, mesmo assim sua entrega é total e incondicional, as consequências não são avaliadas e o relacionamento com Fillipo é posto em cheque. Assim, fica claro que existe um triângulo amoroso a ser resolvido.

Um dos pontos altos desse livro é a ambientação explorada pela autora, afinal estamos falando de Veneza, da Itália, onde tudo parece velho e a ponto de desmoronar, mas nem por isso mesmo magnífico e apaixonante. Os aspectos culturais abordados e gastronomia foram cuidadosamente pesquisados. Além disso, há um mistério imenso envolvendo a vida de Leonardo, praticamente nada se sabe sobre ele e suas viagens misteriosas à Sicília. Tudo é bem escrito e perfeitamente contextualizado.

Não curti muito o estilo em primeira pessoa. Acho que as cenas teriam sido melhores trabalhadas em outras perspectivas, principalmente as cenas mais quentes. Mas, em contrapartida, justamente por sem narrado pela Elena podemos acompanhar as sutis mudanças que ocorrem com ela desde que se envolve com Leonardo. A Elena do inicio do livro com certeza não é a mesma mulher de quando essa parte da historia termina.

Além de Filippo, Elena tem uma amiga de infância, sim 23 anos de amizade com um ser que é totalmente o oposto dela. Gaia é vibrante, um relação publicas por natureza, tem muitos contatos, muitos conhecidos, muitos amigos. Adora uma festa, boa musica. E é uma amiga leal. Gaia rouba a cena sempre que aparece, impossível não sentir a eletricidade que emana dela.

O final do livro tem um sabor agridoce. Não sei especificar muito bem minha reação. Mesmo sabendo que é uma trilogia, ficou meio difícil interpretar tudo o que aconteceu, mas achei uma sacada ousada pra autora e isso me cativou ainda mais para continuar acompanhando os próximos livros.

Foi uma leitura extremamente interessante, onde podemos acompanhar a trajetória de transformação e o desabrochar de Elena. E bem, pra quem acompanhou os sábados do ano passado aqui blog, sabe muito bem que adoro um italiano, então, se você também curte essa turma do Mediterrâneo e uma história quente, mas com conteúdo, “Eu Te Vejo” é uma boa pedida.


Um comentário:

  1. Oi, Eri.
    Tenho vontade de ler esses livros novos que estão saindo, mas estou presa nos livros que já estão esperando na minha estante! hehehehe
    Quem sabe mais para frente...
    Beijos
    Camis - Leitora Compulsiva

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