[Resenha] Exorcismos, Amores e uma Dose de Blues

17:00 Milena Cherubim 0 Commentários


Em um dos encontros do Blogs de Letras falei para o Pava que queria muito ler o livro do Eric. E pouco antes da Bienal fui lá na Gutenberg buscar. Infelizmente não consegui iniciar a leitura por N motivos. Agora finalmente acabei. Só que não estou feliz. Por quê?
Simples... O livro é muito bom, a narrativa é totalmente diferente do que estou acostumada e as ideias, loucas, do querido Eric me deixaram de boca aberta e com uma puta ressaca. Sabe quando você não quer acabar o livro por ele ser excelente? Este é o caso aqui.
Eu fico no máximo uma semana com o livro. Só passa disso quando o livro não me agrada muito. Contudo eu evitava terminar por saber que ficaria órfã. E claro, estou órfã.
Me apeguei imensamente no Tiago Boarneges e na Júlia Yagami. Um exorcista e uma necromante. Já viu o que te espera não é mesmo? O Tiago é um cara sensível, apaixonado, ético, humano, sim me apaixonei por ele. Júlia tem um passado meio obscuro em sua vida. Ela foi encontrada no Entremundos pelo exorcista, mas nada era claro. As suas lembranças haviam sido bloqueadas. Uma menina encantadora, amiga, curiosa e muito inteligente.
Aqui fora magos, temos também guarás e lobos. Xamanistas, oníricos e, claro, musas. E foi um desses seres que causaram sua retirada do Conselho de Hórus. Ele se apaixonou por uma musa que estava possuindo o corpo de uma linda mulher, Elisa Goldin, uma cantora.
As musas além de inspirarem o humano que estão possuindo eles acabam drenando sua essência e com isso trazendo a morte. Tiago deveria exorcizar a musa de dentro de Liz, só que isso não foi possível. Ele se apaixonou e esse foi o pior erro de sua vida. Com o sexo ele contraiu uma doença chamada morte negra.  
Com a ajuda de seres oníricos ele conseguiu sobreviver. A um custo, como sempre. Mas está vivo. E agora em sua porta está seu ex supervisor, Marcos Sardenha, querendo que ele procure novamente a “sua musa”.

De pé na porta, repetiu para si mesmo: mantenha a calma, não caia em provocações, e ouça o que ele tem a dizer. O máximo que vai acontecer é você voltar para casa com uma leve frustração no peito, nada que uma boa música e uma boa companhia não resolvam.

No fim das contas é apenas uma conversa.

O que pode sair errado? (Pág. 11)

Uma homenagem que o Eric fez para a Nazarethe Fonseca me agradou profundamente. Sou mega fã dela e adorei sua personagem no livro. Naza é uma necromante super poderosa, uma lenda entre os seus.
O estilo do livro é fantasia urbana e confesso que nunca tinha lido. Estou com Neon Azul e ainda não faço ideia por qual motivo, razão ou circunstância eu nunca li. Logo mais pego, só porque amei a narrativa do Eric hehe.
Quando eu levei para ele autografar o meu livro na Bienal me fez uma pergunta: Exorcismo, Amor ou Música? Minha resposta foi amor, claro. E minha dedicatória linda está baseada nos sonhos de Libertá.

Bienal de São Paulo 2014

No início eu pensei que Libertá era outra forma de chamar São Paulo, já que a história se passa aqui na Terra da Garoa. Porém não tem nada a ver hahaha. Só eu mesma.
Às vezes a leitura torna-se confusa, não sei mais onde estava e com quem estava. Só sei que fui levada a um mundo totalmente diferente. O mundo dos reflexos. O mundo onírico.
O final já estava previsto, mas no meu íntimo eu desejava que fosse diferente. Adoraria passar mais tempo com o meu querido Tiago, só que não podia mais alongar a despedida. Eu precisava saber o que ia acontecer e como ia acontecer. Por isso me despeço dele hoje, com uma dor no meu peito cheio de fumaça...


SERVIÇO:


Título Original: Exorcismos, Amores e uma dosa de Blues
Autor:  Eric Novello
Tradutor:
ISBN: 978-85-8235-175-8
Gênero: Ficção brasileira 
Páginas: 336
Editora: Gutenberg
Nota: 5/5
Estante: Skoob
Onde comprar: Saraiva / Cultura / Submarino





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