[Resenha] Admirável Mundo Novo
E agora estou aqui para falar de outro clássico! "Nossa Adriana, você só lê literatura estrangeira?"
Nãããão, leio MUITOS clássicos brasileiros que já
já virão para o blog!!!!
Bem, a história de hoje se passa no ano de 632
D.F (nós estamos em 2014 d.C; eles são pós Ford), em uma Inglaterra futurista
onde bebês são feitos em laboratório e suas castas são selecionadas a partir do
alimento que elas recebem durante a incubação/gestação artificial. Eram:
Alfas +, Alfas, Betas +, Betas, Gamas, Deltas e Ípsilons.
“Quanto mais baixo é a casta – Disse o Sr. Foster
– menos oxigênio se dá.” (Página 12)
Nosso
protagonista problemático Bernard Marx pertence aos Alfas +, porém todos
suspeitam que este foi alimentado com álcool, por isso não possui as características
das pessoas da sua casta. Nesta sociedade os conceitos de família e monogamia
não existem, todo mundo é de todo mundo e isso é o natural. As pessoas não
possuem laços afetivos, as crianças são criadas nuas e livres conhecendo a
sexualidade uma da outra:
“... duas crianças, um garoto de cerca de sete
anos e uma menina que poderia ter um ano a mais, dedicavam-se muito gravemente,
com toda atenção concentrada de sábios absortos em algum trabalho de
descoberta, um jogo sexual rudimentar.
-Encantador, encantador! Repetiu sentimentalmente
o D.I.C.”
E há também uma amostra do que seria o nosso
cinema 3D só que um foiço mais sensível:
“- Vai esta noite ao cinema perceptível, Henry? -
perguntou o predestinador adjunto. - Ouvi dizer que o novo filme do Alhambra é
de primeira ordem. Há uma cena de amor num tapete de pele de urso. Dizem que é
espantosa. Sente-se cada um dos pêlos do urso. Os mais inacreditáveis efeitos
tácteis .”
Tudo começa quando Bernard leva Lenina (uma Beta)
para passear em uma Reserva onde vivem os “Selvagens”, o que se assemelham
muito com nossa sociedade não muito distante... Lá eles conhecem John que é
filho de Linda (uma Beta que vive na reserva) e de outra pessoa que melhor não
citar para não estragar...
SOMA
Sabe aquela dorzinha de cabeça que sentimos às
vezes? Ou aquele mal estar, ou aquela tristeza absoluta que nada pode curar?
Tudo é resolvido com algumas doses de SOMA, que Lenina toma sempre, exceto
Bernard, o que talvez explique um pouco do seu comportamento.
*Em 1972 Audous Huxley já falava da dependência do ser humano em
drogas, em uma sociedade organizada, civilizada e em um mundo praticamente
extinto, pois diversas línguas como a polonesa e a alemã já estavam extintas. Cada
um nascia com um propósito e exercia aquela função pela qual ele foi criado.
Adoro esses
livros clássicos, os anos passam e eles continuam atuais! Abordam temas que
vivemos ou que um dia iremos viver. Isso é a essência de um clássico! De uma
obra prima literária!!!
Adoro o
Bernard e sua teimosia, pra mim ele é o ser pensante dentre todos aqueles seres
manipuláveis e pré-moldados. Ele sente ódio, amor, ele é diferente, posso até
dizer que o mais Humano dentre todos dos seres futurísticos pré-moldados.
Serviço:
Autor: Audous Huxley
Tradutor:Vidal de Oliveira e Lino Vallandro
ISBN: 8525033472
Gênero: Ficção inglesa
Páginas: 252
Editora: Globo
Nota: 5/5
Estante: Skoob




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