[Vintecinco Versos #13] Inspiração
E mais um ano estamos juntos nessa data, comemorando o aniversário dessa cidade que amo tanto e que mora no meu coração: São Paulo.
E nesse momento o primeiro poeta que me vêm a mente é aquele que, assim como eu, guarda um carinho todo especial por essa Terra da Garoa: Mário de Andrade.
Inspiração
São Paulo! comoção de minha
vida...
Os meus amores são flores feitas
de original...
Arlequinal... Traje de
losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno
morno...
Elegâncias sutis sem escândalos,
sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon...
Algodoal!...
São Paulo! comoção de minha
vida...
Galicismo a berrar nos desertos
da América!
Neste poema Mario de Andrade faz uma exaltação a São Paulo,
o mostrando como motivo de sua inspiração. Na assimetria do poema o poeta
também destaca o ritmo dessa cidade, rápida, sem padrões e imprevisível. Bem
São Paulo.
Mário Raul de Moraes Andrade (São Paulo, 9 de outubro de 1893 — São Paulo, 25 de fevereiro de 1945): um dos pioneiros da poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro Pauliceia Desvairada em 1922, foi um dos integrantes da força motriz por trás da Semana de Arte Moderna, evento ocorrido em 1922 que reformulou a literatura e as artes visuais no Brasil. Autor de um dos romances modernista mais conhecido, Macunaíma.
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