Kerry Drewery – Trilogia A Cela – A Sétima Cela
Hi Angels!
Recebi este livro da Editora Astral Cultural e
posso dizer uma coisa com toda a certeza: esta trilogia será épica. Kerry Drewery
escreve maravilhosamente bem. Me deixou pilhada de verdade.
Eu fiz jornalismo em 2007, sim me formei muito
tarde, e cada professor nos falava “Vocês precisam tomar muito cuidado com o
que escrevem e falam, pois vocês podem manipular uma notícia”. Um exemplo disso
é um filme que assistimos e que eu AMO, ele é bem antigo e quase ninguém assistiu
chama-se A Montanha dos Sete Abutres.
Este filme mostra como as informações podem ser
influenciadas e fazer com que o público se comova com o show que o repórter estava
colocando lá. E é exatamente o que acontece com Martha Honeydew.
Drewery traz nesta distopia um mundo em que ‘o
povo’ vota, a população deve ligar, mandar SMS ou mesmo votar pela internet,
tipo o nosso antigo “Você Decide”, mas neste caso os votantes contabilizam números
para que a pessoa que cometeu o assassinato deve morrer ou não na cadeira elétrica.
Olho por Olho né? Esse é o lema. Você matou, você morre.
Martha Honeydew é uma adolescente que
deliberadamente falou que assassinou o queridinho da Inglaretta, Jackson Paige.
A grande celebridade. Um filantropo que veio do mesmo lugar que Martha, o
Arranha-Céu.
Primeira intervenção: WOW! Sério eu adorei que a autora colocou a
história na Inglaterra. Não li nenhuma distopia inglesa até hoje. Esta é a
primeira e posso dizer que adorei o que a Kerry Drewery fez no enredo.
Vamos conhecer um pouco dessa nova distopia?
Cidade, Avenida e Arranha-Céu. São os locais
que a autora coloca a história. Cidade e Avenida são os locais de pessoas mais
abastadas e claro que o Arranha-Céu é a parte mais pobre da cidade e Jackson
Paige saiu de lá. Ele entrou em um reality show Ricos X Pobres e ganhou o
grande prêmio de 1 milhão de libras e também saiu de lá com uma outra participante, Patty que
virou sua esposa. Rico cansando-se com uma rica a fortuna se multiplicou. Mas o
Arranha-Céu nunca saiu dele. Até adotou um garoto que ficou órfão.
Mas nada é o que parece. Sempre. Nada é o que
parece ser.
Martha confessou um crime, mas será que ela é
mesmo culpada? Você decide! Hehe não podia perder a oportunidade. Agora sério,
a adolescente é réu confessa e agora ela terá SETE
dias para ganhar a confiança do público ou morrer. A cada dia ela ficará em uma
cela diferente. São sete celas. Cada uma com uma especificidade diferente.
Martha não tinha família. Ela era órfã. Sua mãe
foi morta por atropelamento. O rapaz que foi acusado e morto era o Ollie B. e
ele não era o culpado. Mas foi morto. A adolescente tinha sua vizinha a Senhora
B. mãe de Ollie e um rapaz. A princípio ela não queria ficar perto dele, mas o
amor fala mais alto né? Isaac. Um rapaz lindo que também vinha do Arranha-Céu,
mas tinha sido adotado por ninguém menos que Jackson Paige. O filho do morto.
Tem muito angu nesse caroço. E você pode
acompanhar as notícias da imprensa. Tem um canal Olho por Olho Produções que
acompanha as sete celas. E vou te contar uma coisa, c@#$% de apresentadora. Nossa
que raiva. Eu separei muitas passagens no livro e vou colocar algumas aqui.
O bang do disparo da arma em meio ao silêncio. E minha própria voz gritando: Vá! (pág. 9)
Nós nos conhecemos no escuro. Você estava se escondendo nas sombras assim como eu, observando as rias, os carros velhos que corriam pelo asfalto esburacado, o cheiro forte dos escapamentos. Você não estava lá todas as noites como eu; às vezes não ficava lá por muito tempo, mas eu tinha que ir até lá, entende? Não podia dormir sem dizer boa noite a ela. (pág. 26)
– Sim, e agora todo mundo pode assistir. Como se tudo fizesse parte da diversão, do entretenimento. Uma espécie de zoológico bizarro ou coisa do tipo. – Ela esfrega as mãos pelo rosto e exala o ar com força – Se não puderem ver o gás, vai ser muito engraçado, não é mesmo? Acho que eu iria parecer louca e surtada. Nunca se sabe, talvez algumas pessoas decentes não gostem disso e façam um protesto público, dizendo que isso é... não sei, um atentado contra os direitos humanos ou algo assim. Acho que deve ser. Ser atada com um gás. (pág. 174)
Agora estou
esperando ansiosamente pela continuação. Por que olha... Sensacional esse
livro. Capa está linda, a diagramação está bem legal e o trabalho que fizeram
de marketing está de parabéns. Recebemos o livro com uma cartinha, marcadores,
bottons e dois ingressos para assistir a execução. Obrigada
a Editora Astral Cultural pelo envio.
Série: A Cela
1. A
Sétima Cela
2. Sem título definido
3. Sem título
definido
SERVIÇO:
Título: Cell 7
Autor: Kerry Drewery
Tradutor: Ivar Panazzolo Junior
ISBN: 978-85-8246-265-2
Assunto: Literatura inglesa
Páginas: 320
Editora: AstralCultural
Nota: 5/5
Sinopse: Martha Heneydew é a primeira adolescente a ser presa e condenada no novo sistema de justiça da Inglaterra. A polícia a encontrou ao lado do corpo de Jackson Paige, filantropo, milionário e uma das celebridades mais queridas do país. Nesse novo sistema de justiça, o condenado tem sete dias ¿ cada dia em uma cela diferente ¿ para ter seu destino determinado pelos votos dos telespectadores. Se a audiência do programa de TV Morte é Justiça decidir pela inocência do preso, ele será solto. Caso contrário, será morto na cadeira elétrica. Porém, algumas peças não se encaixam na história que Martha conta para a justiça. Ela se declara culpada, mas há algo por trás da cena do crime que os telespectadores ainda não sabem. Com a ajuda da consultora psicológica, Eve Stanton, de um juiz do antigo sistema jurídico, Cícero, e do seu grande amor, os sete dias que precedem sua execução serão de muita intensidade, sofrimento, descobertas inesperadas e reviravoltas de perder o fôlego. Quem é, de verdade, Jackson Paige? Martha Heneydew é realmente culpada? Será que esse sistema jurídico é justo? Nesta distopia eletrizante, todas essas questões nos fazem refletir sobre o poder do dinheiro que, muitas vezes, prevalece sobre a justiça. E Martha, uma adolescente forte e destemida, mostra sua crença em uma sociedade verdadeiramente justa, na força da amizade e do amor. Mesmo que isso possa significar sua própria vida.
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