Fiona Barton – A Viúva

10:00 Milena Cherubim 0 Commentários



Olha eu novamente dando as caras por aqui!!! Sei que estou sumida e é por uma boa razão. Estou em busca de recolocação no mercado de trabalho e é muito complicado manter as postagens diárias como eu adoraria. Preciso correr atrás de vagas, portanto se souberem de algo me avisem! Agora vamos para a minha crítica?

A Viúva foi o livro sorteado para o clube do livro que aconteceu na Saraiva do Pátio Paulista no dia 3 de junho, no sábado, e foi regado a risadas e altos papos sobre psicologia de relacionamentos.

Nosso pequeno, mas ativo clube do livro!!!

Como deixar um relacionamento abusivo acabar com sua vida? Como não achar estranho as acusações sobre seu marido? Como enfrentar acusações diárias de todos sobre seu marido e ainda por cima você continuar casada com ele? Como enfrentar uma vida de imposições e a única coisa que mais você deseja, com ele, não poderia ter jamais?
Sim... são vários questionamentos que você faz durante a leitura e ainda por cima fica na dúvida se realmente aconteceu ou não.

Fiona Barton é jornalista investigativa, com certeza ela tirou essa história de alguma matéria que realizou, pois me pareceu muito íntimo o relato. Todos têm fantasmas em suas vidas profissionais. De algum médico foi um paciente que não sobreviveu aos seus cuidados. De um advogado, algum caso que perdeu sabendo que seu cliente era inocente. Uma mãe que perdeu seu filho, um policial que não encontra uma criança sequestrada... muitas coisas que acontecem em nossas vidas que nos perseguem até a morte.

E este é o enredo deste livro... A Viúva é um livro que te faz questionar a sanidade das personagens, a realidade dos fatos e o que acontece realmente.

A história é narrada entre o passado e o presente (mais um livro escrito assim, No escuro que discutimos no mês passado também era). Sendo nas visões da viúva (Jeanie Taylor), do policial (Bob Sparks), da repórter (Kate Waters) e apenas um capítulo do marido morto (Glen Taylor).

Nestes capítulos são contados alguns dias específicos dos personagens e o real motivo para a grande pergunte: Onde está Bella Elliott que foi raptada? Foi mesmo o Glen? E se foi, o que ele fez com ela? A esposa está de conluio?

O leitor fica até o último momento querendo decifrar o que aconteceu de verdade. E a autora não decepciona. Fiona não economiza nos problemas psicológicos nesta trama.

O livro não possui cenas fortes ou sangue. O drama é todo psicológico. Você entra na cabeça das três personagens principais:

Uma mulher que não teve filhos e viveu uma vida razoável, mas infeliz ao lado de um marido abusivo. Veja bem, os abusos dele não eram físicos. Eles se casaram quando ela tinha 17 anos. Ele a “ensinou” como queria tudo. Uma casa saída de revistas de decoração, uma esposa fiel e não questionadora.

Um policial viciado na profissão. Que faz de tudo para prender o culpado. Que precisa, não... não é esta a palavra, ele necessita saber a verdade sobre o caso de sua vida. Um homem que poderia ter se aposentado e curtido a esposa, mas ficou batendo na mesma tecla até que conseguisse as respostas que queria.

Uma repórter que não sabia o significado do não. Que a coisa mais primordial de sua vida não era o casamento e seus dois filhos e, sim o furo que conseguiria para o jornal. Os holofotes. À custa de quem? Dos sentimentos de seus entrevistados? Até onde se vai por uma matéria? (Isso me lembrou de um filme antigo que vi e adoro chamado A Montanha dos Sete Abutres, onde o jornalista quer notoriedade e acaba causando um circo por causa de um desmoronamento. Vou assisti-lo novamente e faço um post sobre ele).

Fiona Barton me trouxe novamente para esse mundo da redação. Nunca trabalhei em jornal ou revista, mas trabalhei como assessora e sei como os colegas podem ser insistentes.

O livro traz muitos questionamentos, mas não foi uma leitura que me empolgou a ler rápido para saber o final, a leitura tem um ritmo bom, flui normalmente e muito indicado para aquele final de semana que você vai ficar de boa em casa, em dois dias você acaba com a leitura.

Espero que tenham gostado vou deixar algumas fotinhos aqui em baixo e até a próxima!

Beijos

 
Almocinho delícia com as amigas


SERVIÇO:

Título:  The Widow
Autor:  Fiona Barton
Tradutor: Alexandre Martins
ISBN: 978-85-510-0103-5
Assunto:  Ficção inglesa
Páginas: 356 (ebook)
Editora: Intrínseca
Nota: 4/5



Sinopse: Ao longo dos anos, Jean Taylor deixou de contar muitas coisas sobre o terrível crime que o marido era suspeito de ter cometido. Ela estava muito ocupada sendo a esposa perfeita, permanecendo ao lado do homem com quem casara enquanto convivia com os olhares acusadores e as ameaças anônimas.
No entanto, após um acidente cheio de enigmas, o marido está morto, e Jean não precisa mais representar esse papel. Não há mais motivo para ficar calada. As pessoas querem ouvir o que ela tem a dizer, querem saber como era viver com aquele homem. E ela pode contar para eles que havia alguns segredos. Afinal, segredos são a matéria que contamina (ou preserva) todo casamento.
Narrado das perspectivas de Jean Taylor, a viúva, do detetive Bob Sparkes, chefe da investigação, cuja carreira é posta em xeque pelo caso, e da repórter Kate Waters, a mais habilidosa dos jornalistas que estão atrás da verdade, o romance de Fiona Barton é um tributo aos profissionais que nunca deixam uma história, ou um caso, escapar, mesmo que ela já esteja encerrada.
No entanto, após um acidente cheio de enigmas, o marido está morto, e Jean não precisa mais representar esse papel. Não há mais motivo para ficar calada. As pessoas querem ouvir o que ela tem a dizer, querem saber como era viver com aquele homem. E ela pode contar para eles que havia alguns segredos. Afinal, segredos são a matéria que contamina (ou preserva) todo casamento. Narrado das perspectivas de Jean Taylor, a viúva, do detetive Bob Sparkes, chefe da investigação, cuja carreira é posta em xeque pelo caso, e da repórter Kate Waters, a mais habilidosa dos jornalistas que estão atrás da verdade, o romance de Fiona Barton é um tributo aos profissionais que nunca deixam uma história, ou um caso, escapar, mesmo que ela já esteja encerrada.

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